sábado, 2 de outubro de 2010

Prova Final I - O corredor do desespero.




Sempre fiz as coisas sem pensar.

Quando eu salvava alguém, era na força do momento e pela necessidade e amizade que eu sentia em meu peito. Mas, ali diante da prova em que Moody me dera para completar, tive alguns segundos para deduzir que não amo a mim mesmo. Eu estava com medo do que vinha à frente. Moody talvez fosse pior que Snape e Snape era perverso, mas suas provas não eram mais que "acadêmicas". Parecia que Moody não lutava contra as trevas, ele praticava, mais ainda que Snape. A primeira fase do teste, foi simplesmente... a primeira.

Tive coragem de de entrar na primeira porta que tinha a minha frente. A porta atrás de mim, a sala de Defesa contra as artes das Trevas, estava muito bem trancada. Nem um Alohomora de Dumbledore a abriria, ou sim. Não sei ao certo. Tive de executar um na porta que estava à minha frente, que consegui sentir, pois a escuridão não me deixava ver nada. Ainda bem que ela não estava longe e não houve nada em meu caminho até ela. Era só uma pequena sala. Comparada a próxima.

Do outro lado da porta, eu via um corredor enorme e escuro. Já até imaginava o que aconteceria a partir do momento eu que eu fechasse a bendita porta. O show de Moody iria começar. Hesitei nos ultimos minutos que eu tinha para isso, ou nos meus ultimos segundos de vida!

Tomei fôlego e fechei a porta. Automaticamente, umas luzes apareceram nos cantos da parede, próximas ao teto. Pude ver as portas que haviam no corredor, mas a que mais chamava atenção, era a que estava de frente para mim, a mais de 30 metros.

Aquele enorme corredor assustaria até o próprimo Moody, eu acho. Deixei a varinha apontada para a frente, para caso de aparecer alguma criatura das trevas de surpresa.

- Potter! - a voz de Moody me assustou por causa da surpresa e ferocidade nela.

- S-senhor? - tentei saber de onde vinha sua voz que ecoava pelo corredor.

- Você está perdendo tempo! Rápido ou está com medo de um simples corredor?

Olhei para a porta que estava no fim do corredor. Aliás, eu nem ia perder tempo abrindo as do meio, pois nunca são, sempre estão trancadas.

- O menino que sobreviveu está tremendo de medo de um desafio que nem pode matá-lo. Anda Harry, suas notas estão caindo. A cada segundo que passa sua note diminui. A srta. Granger está quase no final do desafio. Ela é melhor que você Potter? Reaja!

Ele tinha razão. Na hora em que eu fui reagir, pisei numa espécie de estrela de 12 pontas. Me lembrou a magia voo-doo, mas isso fez com que o desafio começasse. As paredes começaram a se contorcer, a parede atrás de mim começou a me seguir. Uma neblina cobria tudo então voltou a ficar escuro outra vez. As luzes acendiam e apagavam e o rastro dos fantasmas deixavam vestígios no chão que ao pisar, queimava seu corpo inteiro.

A parede avançava lentamente, seu eu demorasse, ela me esmagaria contra a outra parede. Comecei a correr e fazer coisas precipitadas. Tentei abrir porta por porta mas como imaginado, estavam fechadas. Corri em direção a ultima. Moody fez com que o corredor ganhasse vida. O chão me atrasava, ele andava como se fosse aquele aparelho de musculação das pernas dos trouxas: A Esteira elétrica. As paredes além de deixarem o corredor muito estreito e depois bem largo, apareciam mãos não sei de onde, para agarrar nas minhas pernas e me derrubar, em meu pescoço para enforcar e com uma varinha para me estuporar.

Lembrei-me que uma vez Hermione disse que sonhou ou leu isso em algum lugar. Não lembroao certo, mas ela disse que tinha um jeito de fazer com que isso parasse. Mas eu não tava conseguindo tempo suficiente para me lembrar das tantas coisas que Hermione fala.

Finalmente cheguei a ultima porta do corredor, mas para minha surpresa, ela estava fechada.

- Alohomora! - lancei contra a maçaneta. Na mesma hora, a sla fez um barulho ensurdecedor e também as poucas luzes que haviam, ficaram vermelhas e piscando. Certamente o fantasma do antigo Condutor se aproximava, pois os sons de trens e máquinarias estava alto demais. Era como se eu estivesse na sala de máquinas de uma locomotiva.

Abandonei aquela porta e desesperadamente tentei abrir uma por uma. Até a hora de voltar, eu não havia percebido um retrato na parede, e nem havia percebido que o corredor tinha uma curva. Moody transfigurara a sala? O quadro era uma pintura do antigo Condutor que trazia os alunos à Hogwarts no século XVIII. Retirei o quadro da parede e atras dele havia um espaço sufiente para que eu pudesse entrar, só precisava de algo para subir. Dei uma olhada atrás do quadro do Condutor, mas não havia nada além de números. Não dei atenção, a parede da entrada ainda se aproximava para esmagar o que estivesse a sua frente. Lembrei-me que quando começei a correr, eu pisei numa poça de lama, que até por um flash de segundo, perguntei-me por que ali estaria uma poça de água?

Fui até ela com o propósito de congelá-la transformando em um cubo de gelo alto o suficiente para que eu pudesse subir até a abertura que estava atrás do retrato de Moody. O ruim, é que eu não sabia controlar exatamente esse feitiço. Sabia perfeitamente congelar, mas não modelá-lo.

Meu tempo naquela sala estava se esgotando, o relóginho dos 4 minutos começara a tique-taquear me irritando e me desesperando mais ainda.

Tive de improvisar. Moody que me perdoasse pelo quadro, foi a unica idéia que tive. Voltei até onde estava o quadro e tive a sorte de ver alguma coisa como um suporte na parte de baixo da parede, então fiz o que achei que seria o certo.

- Reparo! - e o quadro se fundiu com o suporte, dando uma poa plataforma, mas eu teria de ser rápido para subir ou o quadro quebraria. Foi o que fiz, subi no quadro e imediatamente subi na parede e tive de ter forças para me segurar.

Aquela passagem parecia uma calefação ou uma passagem de ar-condicionado. Era bem apertado, úmido e sujo. O cheiro era de ratos mortos e insetos também. Parecia que Moody tera sido bonzinho nessa, pois tinha um caminho livre. Ele era único. Mas tive raiva de chegar no final dele, não havia nada nele, a não ser uma mesnagem que flutava próxima a parede dizendo: UMA DESSAS ESTÁ DIFERENTE. Moody enlouquecera, todas as paredes eram do mesmo jeito, e não dava para me sertificar direito pois eu estava engatinhando como um bebê. Usei LUMOS para me ajudar a achar essa diferênça, até que achei uma espécie de pino, bem fino e curto em uma das partes baixas de uma parede, era uma espécie de portinha que não demorei para abrir. Lá havia uma chave de bronze que concerteza abria uma das portas.

Dei a volta e pulei da passagem do retrato.

A parede agora já estava próxima as portas.

Corri desesperado para as portas usar a chave, mas ela começaram a falar comigo.

- Ei, não seja burro. Essa chave é daqui! - disse uma porta atrás de mim. Olhei para ela confuso, mas ainda tentando abrir a que estava em sua frente. Esta não falava comigo.

- Sua porta mentirosa, ei garoto, ela abrirá aqui concerteza! - afirmou a porta do lado da que eu estava.

Então a chave teve oportunidade de expressar sua opinião.

- Não deixe que ela me coma. Por favor. Ela irá me comer.

- Para de falar! Sua chave dos diabos! Chaves não falam - uma das portas reclamou.

- Portas também não! - ela retrucou.

- E eu estou falando como? Sou enfeitiçada lembra?

Escutando a discussão delas, esqueci da missão verdadeira. Havia mais de 10 portas ali, em nenhuma aquela maldita chave funcionava. Recomeçei tentando todas novamente. Mas as portas enchiam o saco!

- Você já veio aqui antes.

- Para de tentar.

- Não quero que você a coloque em mim novamente - disse uma escondendo a fechadura. Ela transformou-se em uma madeira qualquer na parede em formato de porta.

- Elas querem me comer, todas elas! - a chave parecia que chorava me implorando para não entregá-la. Mas para qual porta?

Na explicação de Moody, enquanto eu estava pensando an prova anterior, pude ouvir alguma coisa como "paredes engolidoras de abridores", o que tive de ser rápido para deduzir. A chave estava com medo de ser devorada, e ela era uma abridora ou sei lá...

Corri em direção a parede móvel, ams ela já estava próxima de mim, então se a abertura na parede ja tinha passado, o jeito era lançar PERÍCULUM com a varinha e desistir, mas isso é uma coisa que odeio fazer e jamais faço. Com esse pensamento, vi algo meio escurinho e diferente na parede, quando a parede móvel iluminou a parede sólida. Fui até onde eu tinha visto esse escurinho antes que a parede chegasse, foi então que a chave se desesperou e pulou de minha mão. Bem que eu deveria tê-la enfeitiçado desde a hora em que ela começou a falar. Ela era grossa e um pouco pesada, tinah um tamanho maior que as chaves comuns, o que foi fácio de lançar um FLIPENDO para que ela parasse. Quase não deu tempo de colocá-la na parede para que ela fosse mastigada pela mesma. Mas nada aconteceu, a não ser um "clik-clak" atrás de mim. Quando olhei pra trás, todas as portas estavam abertas, somente a ultima que ficava de frente para o corredor estava fechada. Não tive tempo de escolher, entrei na que estava mais próxima.


Nenhum comentário:

Postar um comentário