quarta-feira, 28 de abril de 2010
Eu não quero perder nada
Eu poderia ficar acordado só para ouvir você respirando
Observar você sorrir enquanto está dormindo
Enquanto você está longe e sonhando
Eu poderia passar minha vida nessa doce rendição
Eu poderia continuar perdido neste momento para sempre
Todo momento que eu passo com você
É um momento que eu valorizo
Não quero fechar meus olhos
Eu não quero pegar no sono
Porque eu sentiria a sua falta
E eu não quero perder nada
Porque mesmo quando eu sonho com você
O sonho mais doce nunca vai ser suficiente
E eu ainda sentiria a sua falta
E eu não quero perder nada
Repousando perto de você
Sentindo o seu coração bater
E imaginando o que você está sonhando
Imaginando se sou eu quem você está vendo
Então eu beijo seus olhos e agradeço a Deus por estarmos juntos
Eu só quero ficar com você
Neste momento para sempre, sempre e sempre
Não quero fechar meus olhos
Eu não quero pegar no sono
Porque eu sentiria a sua falta,
E eu não quero perder nada
Porque mesmo quando eu sonho com você
O sonho mais doce nunca vai ser suficiente
E eu ainda sentiria a sua falta
E eu não quero perder nada
Não quero perder um sorriso
Não quero perder um beijo
Eu só quero ficar com você
Bem aqui com você, apenas assim
Eu só quero te abraçar forte
Sentir seu coração tão perto do meu
E só ficar aqui neste momento
Por todo o resto dos tempos
Não quero fechar meus olhos
Eu não quero pegar no sono
E eu não quero perder nada
"Um sorriso inocente
Um olhar displicente
Um abraço apertado
Um grito antes engasgado
Um só coração
Um só tom
Formando a mais bela melodia
De uma graciosa canção
Num só ritmo
Na mesma sintonia
Ainda sinto o teu perfume
E o teu abraço
Durante todo o dia"
Depoimento pra vc PJ
sábado, 17 de abril de 2010
A Viagem da Paixão
"Tenho os caprichos inerentes à natureza da mulher
abro a caixa de pandora que eu quiser
e lanço mão de todo mal e todo bem
avanço a passos largos
alcanço o ponto extremo e vou além
onde se estende a palpitação das células
e se prolongam feixes de neurônios
onde se nasce, morre ou se enlouquece
íntima de deuses e demônios.
Onde habitam as feras, os espíritos das florestas
onde se determina a primavera
e se marcam as nossas testas.
Onde se aprende a sabedoria do fogo
e todas as forças de atração
e se descobre o ponto que orienta
esse mapa de navegação.
Estrela solitária, asteróide desgarrado
luz que aponta o caminho
da viagem da paixão."
sexta-feira, 16 de abril de 2010
Quando a gente gosta, é claro que a gente cuida
Eles têm que conciliar a tarefa de cuidar dos pais idosos e trabalhar, mas fazem isso em segredo e muitas vezes sem a ajuda de irmãos. Jorge Felix falou hoje em sua coluna Economia da Longevidade sobre os cuidadores secretos.
Uma pesquisa da revista AARP, a Associação dos Aposentados dos Estados Unidos e da National Aliance For Caregiving mostra que os homens têm certa vergonha de serem cuidadores, pois há o estereótipo de que é um trabalho feminino. Entre os 65 milhões de cuidadores nos Estados Unidos, boa parte é o filho único. Os idosos correspondem a 18% da população norte-americana.
A escritora de livros sobre longevidade, Gail Sheehy, afirma que eles mantêm segredo no ambiente de trabalho, porque cuidar de idosos pode ser interpretado como falta de tempo para a empresa. Além do mais, os homens acreditam que não se trata de uma tarefa viril.
Sheehy conta o caso do CEO da Motion Pictures Television Foundation, Ken Scherer, que é responsável por 60 mil membros da indústria de entretenimento na velhice, mas se atrapalhou quando teve que cuidar da própria mãe. Ambos caíram em depressão e ela acabou morrendo. Depois disso, ele implementou um sistema preventivo de auxílio aos funcionários que identifica quando eles precisam da ajuda de terceiros, como asilo ou um cuidador profissional para cuidarem dos pais, pois não dá para parar de trabalhar.
Jorge Feliz citou também o filme italiano “Almoço em Agosto”, de Gianne di Gregorio,que conta a história de Giovanni, um homem na faixa de 50 anos que cuida da mãe de 80 anos. Ele tem por ela muito carinho e se dedica bastante, mas não tem condições financeiras para mantê-la. Giovanni não trabalha e abdicou de tudo para cuidar dela. Nesta jornada dupla, amor e dinheiro mais uma vez se cruzam.
Fonte: http://elaselucros.blog.uol.com.br/
O valor do dinheiro para uma princesa
O livro Mulheres Inteligentes Jogam Para Ganhar de Ivanka Trump, chegou ao Brasil pela editora Lua de Papel e mostra como vencer no jogo dos negócios e da vida. Ivanka é filha do empresário norte-americano Donald Trump e sempre teve a sua disposição os melhores brinquedos e viagens luxuosas. Contudo, seus pais faziam questão de lembrá-la do esforço necessário para atingirem essa vida glamourosa.
Ivanka é empresária, top model internacional e vice-presidente da organização Trump, onde cuida das aquisições imobiliárias do grupo. Ainda que seja considerada uma princesinha, Ivanka diz que batalhou para superar as expectativas e aconselha os leitores: ”Não importa de onde você comece. Supere-se”.
Ivanka utiliza das suas experiências pessoais e profissionais para destacar a importância em prosperar por mérito próprio, o que reflete a mão dupla: saber ganhar e gastar dinheiro. Quando ela tinha 14 anos e a família viajou para a França para passar as férias, a mãe dela entregou as passagens nas mãos dos filhos e desejou boa viagem. Sem entender, Ivanka perguntou: “Você não vai embarcar com a gente?” A mãe dela respondeu “Claro que sim. Mas vou na primeira classe e você e seu irmão na econômica. Comporte-se bem.”
Na época, a menina se sentiu injustiçada. Mas a mulher de hoje admira a atitude dos pais que podiam pagar a melhor classe, mas não o fizeram para que eles entendessem o valor do dinheiro e a real necessidade de gastá-lo.
Fonte: http://elaselucros.blog.uol.com.br/
Crocodilo Sonhador
Este é mote que inspirou a autora a escrever CROCODILO SONHADOR, romance no qual se aprende, mais uma vez, que, apesar de todas as adversidades, amar ainda vale a pena.
http://www.meninadabahia.com.br/2010/04/sorteio-crocodilo-sonhador.html
quarta-feira, 14 de abril de 2010
O Pub Irlandês
Muitos são os boatos que o cercam e que dizem respeito a sua interdição; na época considerada por todos os não-frequentadores como “a melhor solução para os problemas da cidade”. A verdade é que, embora se tornasse algo quase repentino e sem muitas explicações, o seu fechamento já estivera previsto a algum tempo.
Dizem as línguas estranhas que o dono e gerente do bar, Roman, um velho ainda mais velho que seu próprio estabelecimento, que desde jovem era freqüentador e seguidor de cultos satânicos, chegara ao ponto de não conseguir controlar a si mesmo, muito menos da administração do bar. Freqüentemente era possível sentir um forte cheiro de decomposição e de carniça vindo de quase todos os cantos do pub, como se alguém ou algo sem vida estivesse apodrecendo bem debaixo de seu nariz. Além disso, por inúmeras vezes, quando o barman destampava uma garrafa de cerveja irlandesa, uísque ou Martini (as bebidas mais pedidas) e servia aos fregueses; estes sentiam o gosto, o cheiro e a consistência de sangue fresco, chegando até a consumi-lo quente; fato que só fortalecia os boatos de que este sangue tratava-se de crianças, mulheres e outros freqüentadores; todos desaparecidos e de que ninguém mais tinha sequer uma notícia.
A minha lenda favorita (ou história, não sei ao certo) desenrolou-se ao longo de uma noite durante a conturbada e ao mesmo tempo inesquecível década de 60. Naquela época, provavelmente em meados do ano de 1969, as canções mais tocadas resumiam-se em hits de Black Sabbath, Deep Purple, Aerosmith e algumas vezes Beatles; e a moda predominante constituía-se de jovens de cabelos compridos, os hippies, e os representantes da geração Beat, também de cabelos longos. Sarah, porém, não se enquadrava em nenhum desses estilos.
Apesar de muito bela, com seus longos cabelos negros e seus impetuosos olhos verdes que assumiam um tom rubro feito brasa quando iluminados pela luz do sol ou de velas, Sarah era uma jovem de poucas palavras, quieta, introspectiva e que sempre se vestia com cores escuras e fortes.
Apresentava também hábitos considerados por gente alheia como incomuns, mas que para mim, a melhor descrição possível que se podia fazer para a soma de sua personalidade, caráter, características físicas e costumes pessoais era a palavra macabra.
Era uma noite estrelada de verão e já passava da meia-noite quando Sarah entrou no pub. Ali dentro, um lugar espaçoso com mesas de bilhar, um longo balcão onde se situavam os barmans e outras tantas mesas espalhadas por todo o pub onde se localizavam a imensa maioria dos fregueses, era tocada um trecho de “smoke on the Water”.
Sarah passou por duas mesas antes de sentar-se ao balcão. Enquanto um dos barmans, o mais alto deles, lhe servia um esplendoroso drinque de uísque, um daqueles típicos motoqueiros, soberbos e redis, sentou-se ao lado dela:
- O mesmo dela, por favor. – Pediu o homem – Não pude deixar de notar você quando passou por aquela porta, baby. – continuou ele com o tom prosaicamente característico de todo o fiel malandro motoqueiro. Ele continuou falando e discursando contra a impassível figura de Sarah até o momento em que, ela, que durante todo o diálogo permaneceu mais entretida na bela e cara jaqueta de couro que o indivíduo portava do que propriamente no que este dizia, o dispensou perguntando-o gentilmente se não tinha nada melhor para fazer do que testar a longevidade de sua paciência.
Mal se tinham passado dez minutos e outro sujeito, agora um músico guitarrista de uma banda de rock, também se aproximou de Sarah dizendo:
- Aquele cara ali era um tagarela. Falava até não poder mais. Notei que você talvez tenha percebido isso. – Simplificou ele a grosso modo. Entretanto, apesar de suas tentativas de impressioná-la, também foi dispensado de modo “gentil” pela impaciente garota.
Este ciclo de cantadas, sujeitos estranhos e infelizes e ladainhas enfadonhas repetiu-se por mais duas oportunidades, até que Todd, um americano de aproximadamente 20 anos (o quinto da noite), timidamente sentou-se ao lado de Sarah:
- Um uísque, por favor – Pediu ele ao barman. Enquanto degustava a forte dose da bebida destilada, tronou a falar conservadora e inocentemente:
- Belo colar – disse fazendo menção á uma esmeralda pendurada por uma corrente envolta pelo pescoço de Sarah - Combina com seus olhos.
- Obrigada – respondeu ela, enrubescendo-se um pouco – Foi minha avó que me deu.
- E pelo jeito ela tinha bom gosto. Meu nome é Todd.
- Sarah
Todd era, como já mencionei, bem jovem. Pelo que se conta até hoje sobre sua descrição, ele era particularmente alto, franzino, ruivo, com algumas sardas pequenas espalhadas pelo rosto que passavam despercebidas. Não sei se ele tinha algum ofício, hobby ou algum estilo de vida considerado fora dos padrões sociais para freqüentar aquele tipo de pub, mas a razão pela qual lá ele se encontrava naquela noite é uma só:
- Por que você vem aqui? Você não parece o tipo de pessoa problemática ou perturbada que mais vemos aqui. – Perguntou Sarah após um pouco mais de intimidade entre ambos.
- Na verdade eu vim de muito longe. Eu fui convocado para servir no Vietnã, mas não concordo com essa guerra. Ela não é nossa. Então tive de fugir. Não agüentava mais meu pai falando aquele monte de baboseiras sobre o destino, que não podemos escapar dele, e mais um monte de coisas. E também acho que se eu agora estivesse naquele inferno eu já teria morrido.
- Como assim? – Interpelou a garota, não entendendo o que Todd queria dizer.
- Na noite seguinte a qual recebi a convocação, eu tive um sonho em que eu me encontrava em um lugar muito escuro sob uma grande árvore e então eu podia sentir que a morte me encontrara e me levava para o mundo dos mortos. Nunca mais fiquei calmo depois desse... Pesadelo.
- Hum... Entendi. – Retornou ela no momento em que o refrão de uma música que falava algo sobre a morte que se aproximava e de assassinos onde menos se espera se iniciava. Os dois continuaram a conversar amistosamente sobre vários assuntos como gostos, hobbys, artistas, livros de terror, bebidas entre outros. Quando o imenso relógio suíço de madeira nobre pendurado na parede assentada atrás dos barmens anunciou de forma medonha e austera, devido a falta de óleo em seus mecanismos, três horas da manhã em ponto, Sarah, que não se assustou com o som escarnecedor do objeto, ao contrário de Todd, pediu que ele a acompanhasse.
Saíram então do pub. Passaram por uma larga estrada que serpenteava por um conjunto de casas abandonadas e castigadas pelo tempo, por mais três encruzilhadas, que em uma delas havia os restos de uma galinha trucidada cujo sangue fora usado em algum tipo de ritual desenhado em forma de um pentagrama; até chegaram aos portões do cemitério das Três Almas, o mais antigo e macabro da cidade. Estes portões, altos, pesados, feitos por longas barras de ferro encontravam-se entreabertos, fato que deixou Todd arrepiado. Sarah já havia passado pelos portões quando, ao virar-se para trás, avistou o garoto petrificado e possuído de uma grande desconfiança e pânico:
- Venha Todd. Não tenha medo. – Todd, acabou vencido por suas pernas que apesar do surto de calafrios permaneceram firmes, e a seguiu para o interior do cemitério.
Enquanto a seguia, notou que uma neblina densa começava a se formar, dificultando a caminhada entre os túmulos que já não eram fáceis de enxergar por causa da escuridão que os engolfava. Em alguns cantos do cemitério, árvores que mais pareciam mãos negras com dedos contorcidos interpelavam-se entre os túmulos e lápides, servindo de hospedeiras para grupos de corvos e gralhas que entoavam suas canções tenebrosas de boas-vindas.
Caminharam mais um pouco e então, para desespero de Todd, pararam. Ele fitava amedrontadamente uma grande árvore que tinha certeza que já a vira em outra oportunidade. Lembrou-se das palavras de seu pai sobre destino, das boas e más lembranças de infância e adolescência, da carta de convocação, da música no bar. Sentiu-se encurralado. De repente lembrou que estava acompanhado. Tudo se elucidara e se encaixava como em um perfeito quebra-cabeças em sua mente.
Deu meia-volta e avistou Sarah. Estava encapuzada com seu rosto coberto pelas sombras. Apenas dois pontos de luz avermelhada partiam de sua face. Segurava com suas mãos irreconhecíveis, sem pele, carne e apenas ossos uma lápide em que se estava seu nome, datas de nascimento e de morte grafadas em letras negras grandes que contrastavam com a cor branca e pálida da lápide. Neste momento, sentindo uma forte dor no peito, expirou. Suas últimas palavras foram:
- Por que eu não fui para o inferno da guerra...?
Muitos anos depois, esta história ainda permanece viva nos habitantes mais grotescos da cidade, e também em muitos outros, já que ela praticamente tornou-se parte da cultura popular da região. Mais um fator que só aumenta as superstições e o charme do velho pub irlandês. Quando pergunto a alguns dos conhecedores da história sobre o que pensam do injustiçado Todd, todos respondem que este morreu de susto e consternação. Creio eu, entretanto, que o rapaz morrera porque simplesmente lhe havia chegado a hora.
(Escrito por D.H. Cabrerizo)
domingo, 11 de abril de 2010
Força do tempo
sábado, 10 de abril de 2010
Três de alguns magos da saga Esfera: Os Irmãos Nohgar
quinta-feira, 8 de abril de 2010
Aprendendo a viver
Que o silêncio é a melhor resposta, quando se ouve uma bobagem.
Que trabalhar significa não só ganhar dinheiro.
e por essas fibras nossas ações vão como causas e voltam pra nós como efeitos.
quarta-feira, 7 de abril de 2010
Amor Medieval
Como as flores esperam pelo aguadeiro
Assim por ti donzela
Com grande alegria
Pelos teus beijos espera teu cavaleiro.
Atravessando vastas planícies
E os mais altos montes
Enfrentando todas as superfícies
Ele vem encontrar-te entre as fontes
Ao som de águas correntes
Acompanhando por pássaros contentes
Um beijo confirmará o teu amor
Um instante pequeno para o momento
Mas com sinceridade do sentimento
Eterno será em teu coração o seu calor.
(PJ. Disouza)
segunda-feira, 5 de abril de 2010
sábado, 3 de abril de 2010
Novo Livro Da Stephenie Meyer Será Publicado No Brasil Em Junho
Stephenie Meyer: Novo Livro E Novo Filme?
Entrevista – Rob Na Revista Sueca Klick!
Nova Versão do poster de Eclipse
Historinhas De Ninar Do Tio Emmett: A Bella E A Fera
A Bella e a Fera
- Tio Emmett, tio Emmett. – A monstrinha veio correndo de algum lugar da casa.
- Shhh, monstrinha, estou concentrado. – eu disse, enquanto meditava.
- E qual é o propósito? – ela perguntou, franzindo sua testa.
- Desenvolver meu talento.
- Talento? Tia Rose disse que você já tem um talento: fazer bagunça. – ela disse, abafando uma risadinha.
- Ha-ha-ha. – eu ri, sarcasticamente. – Mas, veja só, Edward tem os dele: ser exibido e ler os pensamentos dos outros. Sua tia Alice, além de ser louca, prevê o futuro. Sua mãe, além de ser desengonçada, cria essa proteção ao redor de todo mundo e seu tio Jasper, além de chorar as dores do mundo, consegue manipular os sentimentos dos outros.
- Eu também tenho, esqueceu? Eu consigo tocar no rosto das pessoas e mostrar o que estou pensando. E vovô Carlisle tem o talento da compaixão e…
- Pelo amor de Deus. Isso não é um talento. Não se pode ganhar uma queda de braço ou uma luta com compaixão. É com força. E força eu já tenho, mas eu quero outros… Então, ontem à noite eu estava assistindo Heroes e Sylar conseguiu os talentos dos outros abrindo suas cabeças e vendo como funcionam seus cérebros.
- Então, você quer abrir a cabeça de todos aqui em casa para ver como funciona o cérebro da gente e assim aprender os nossos talentos?
- Sim! – eu exclamei. Puxa, Nessie podia ser bem esperta quando queria. Eu daria uma olhada na inteligência dela também.
- Bom… Não acho que seja uma boa idéia… Mas você tem um grande talento. Acho que você é o melhor contador de histórias, titio. Que tal desistir momentaneamente dessa história toda e me contar uma das suas historinhas de ninar?
- Mas são três da tarde.
- E? – ela me questionou, como se não fosse absurdo eu contar uma historinha de ninar as três da tarde.
- E está fazendo sol. Você não tem que alimentar o cachorro, dar banho nele ou levá-lo pra passear? – eu perguntei.
- Se você está se referindo a Jake, ele não está aqui. Foi à La Push. É aniversário de Billy.
- E eu não fui convidado? Mas que audácia, que indecência, é quase imoral.
- Apesar de você não poder ir à aldeia, Jake pensou em convidá-lo, mas eu não quis contar. Ele achou que seria engraçado brincar de “pregar o rabo no burro” e pensou que você seria o burro ideal. – ela disse, revirando os olhinhos, como Bella fazia. Como ela viu que eu não entendi direito porque Jacob me queria para pregar o rabo no burro, ela continuou. – Então, e aquela historinha?
- Hum… Han, tá, tá… Que tal a Bella e a Fera? – eu sugeri. Com seu consentimento, prossegui com a minha historinha.
“Era uma vez um jovem príncipe amargurado de olhar entediado e topete à lá Johnny Bravo bronze, que vivia num castelo cheio de pessoas fantásticas, lindas e musculosas, chamado Edward. Mas Edward era rabugento e egoísta e sempre brigava com seus irmãos Alice, Jasper e, o mais lindo, Emmett por encostarem em seu piano.
‘Não corram dentro de casa! Vocês vão arranhar meu piano’.
‘Cara… Ele precisa encontrar uma mulher. ’ Seu irmão musculoso disse.
Dito e feito. Numa noite de chuva, apareceu uma figura loira, alta e esguia cujo nome eu não falarei, pois tem má reputação, pedindo abrigo e amor ao jovem príncipe.
‘Sinto muito, loira, mas eu prefiro as morenas. ’ Ele disse, friamente, mal sabendo que além de piriguete, ela era uma feiticeira e o enfeitiçou, transformando todos dentro do castelo em objetos falantes, o príncipe em uma Fera monstruosa e dando-lhe uma rosa dourada ainda mais rabugenta do que ele.
‘Eu preciso de água aqui, não está vendo que estou murchando? E tire esse relógio melancólico perto de mim, esse tic tac está me deprimindo… Esse castiçal musculoso está se derretendo por mim, isso não é legal, ele pode ser útil depois. E esse bule todo emperiquitado com diamantes? Vamos, onde está minha redoma? Não quero contato com esse antro de malucos. Ah, e se não beijar uma humana até minhas pétalas caírem, você continuará assim, sabia?…’ a Rosa dourada dizia.
‘… Mas que bobagem, as rosas não falam, simplesmente as rosas exalam o perfume que roubam… ’ o príncipe cantava em seu piano, tentando abafar a voz da rosa.
‘Como assim as rosas não falam, eu falo sim e muito bem. E ainda sei outros idiomas, sou uma rosa poliglota. E eu não roubo perfume de ninguém… Eu exalo Chanel n° 5, meu bem… ’ a rosa retornou sua fala.
E assim, a vida do príncipe seguiu amargurada…
Mas vamos mudar o foco da nossa historinha.
Nos arredores do castelo havia um pequeno vilarejo chamado Forks, cem léguas de um local cujo nome não vou falar antes que minha sobrinha diga que faunos não existem, onde vivia uma menina matusquela chamada Bella. Ela morava com seu pai e gostava muito de ir à biblioteca de sua cidade, para ler livros chatos que falavam de romances impossíveis.
‘Vim devolver Orgulho e Preconceito, senhor. ’ Ela disse ao dono da biblioteca. ‘Tem algum romance novo que fale de um casal que sofre o preconceito das diferenças de classes ou um amor proibido?’
‘Chegaram alguns: Romeu e Julieta, Alladin, Cinderella, Caminho das Índias e esse de capa preta, com uma maçã nas mãos. ’
‘Crepúsculo, ’ ela leu a capa. ‘Uma humana que se apaixona por um vampiro que brilha no sol, não bebe sangue humano e lê pensamentos… Não, não me interessei. Me vê aí Caminho das Índias, tic?’
Então ela saiu pela cidadezinha para ler seu livrinho, até chegar à frente da lojinha de esportes local onde tinha um rapaz que era considerado o bom partido da cidade: Mikon.” Não vai se opor ao nome? – eu perguntei.
- Não, eu já sei como termina a história, nada contra Mike Newton se dar mal no final. – ela deu o mesmo sorriso de Edward quando ele queria ser maquiavélico. Meu Deus, que criação esses dois estão dando a esta criança?
- Tá… Bom… Então… Certo!
“Então Mikon aproximou-se de Bella, exibindo seus (poucos) músculos e disse:
‘Bella, ainda com essa leitura? Quando você vai deixar de olhar esses livros e olhar para mim?’
‘Han… Nunca!’ Bella disse, sem tirar os olhos do livro. ‘Você possui uma beleza humana enjoada de sucesso algum. Talvez se você fosse mais pálido… Ou tivesse mais pêlos. ’
‘Eu posso deixar a barba crescer, quem sabe… ’
‘Desencana. ’ Ela disse, voltando à sua leitura, mas consciente de que o galã de beleza humana enjoada de sucesso algum tentaria novamente uma aproximação.
Ao voltar para casa naquele dia, Bella encontrou um bilhete de seu pai:
Bells,
Fui pescar sozinho perto do castelo. Se eu não voltar até amanhã, alguma coisa me capturou. Pegue a Chevy vermelha e venha me resgatar. Com amor, seu pai.
‘Lá vai ele se meter em alguma trapalhada. ’ Bella disse a ela mesma. Então ela ouviu um baque em sua porta. Era Mikon novamente.
‘Meu Deus, você não desiste, né loirinho?’
‘O que posso fazer? Você cativou minha atenção. Vim aqui com aqueles figurantes para fazer uma serenata e noivarmos. ’ Mikon disse.
‘Você só pode estar brincando. ’ Ela disse.
‘Pareço estar brincando?’ ele disse, mostrando o anel para ela. ‘Então o que me diz de casarmos amanhã?’
‘Sabe o que é, é que não estarei na cidade, tenho que ir à Seattle comprar umas coisas e só tenho amanhã. Quem sabe na próxima… ’ ela disse, fechando a porta na cara dele ‘… Encarnação.’ Ela pensou.
Logo ela voltou sua atenção para o bilhete do teu pai, imaginando que tipo de loucura ele iria se meter.
Perto do castelo, começou a chover e o pai de Bella resolveu entrar. Alice, como sempre hospitaleira e intrometida, resolveu dar abrigo ao forasteiro.
‘Isso não vai prestar. Edward não gosta de visitas… Ele vai querer fazer maldades com a gente, como ouvir música clássica o dia todo… ’ o Reloginho de ponteiros dourados, Jasper, falou.
‘Meu Deus, um relógio que fala!’ O camponês bigodudo exclamou.
‘Tranquilo, mano… Edward está lá na Ala Leste, onde fica seu piano e não podemos entrar. ’ O castiçal musculoso disse.
‘Meu Deus, um castiçal que… ’
‘Mas será que tudo é motivo de surpresa? É, meu filho, tudo aqui dentro fala… Devem ter outros personagens coadjuvantes também, mas os principais somos nós, então se contente em conversar conosco, tá legal?’
‘…’ ele ficou sem fala. ‘Meu Deus, uma rosa que fala!’ o camponês exclamou.
‘Difícil é fazê-la calar a boca. ’ Alice, o bule de chá disse.
‘Não se preocupem amiguinhos. Eu não pretendo ficar aqui muito tempo, eu só procuro abrigo por causa da chuva e… Aquilo lá fora é um Aston Martin?’
‘Sai de perto do meu Vanquish.’ A Fera peluda e horrorosa saiu de trás de algum lugar.
‘Meu Deus, um lobo que fala!’ o camponês disse.
‘Você me ofende em minha própria casa? Monstro, tudo bem, mas LOBO?’ A Fera explodiu. ‘Vou te trancar na torre mais alta e você vai ter que conviver com a Rosa. ’ Ele disse.
‘Deus é mais… ’ a Rosa murmurou, lixando seus espinhos.
‘Por favor, piedade. Tudo menos isso, qualquer coisa menos isso. ’ O camponês rogou, olhando para a cara de tédio da Rosa.
‘Bom, se você tiver uma filha tão branca que eu possa ver os hematomas de suas quedas, que cheira igual às flores e seja tão desajeitada que tropece na própria sombra, eu faço uma troca justa. ’
De repente, ouviu-se um trovão, um barulho ensurdecedor que todos, menos o camponês, se assustaram.
‘Que diabos é isso?’ o castiçal Emmett perguntou.
‘Minha filhinha. ’ O camponês disse.
‘Olá, alguém aí? Procuro meu pai, um camponês bigodudo metido a policial. ’ Bella adentrou o castelo, ignorando o pedido do pai que pediu em seu bilhete que viesse no dia seguinte.
‘Graças aos céus minha filha é tão teimosa. Bells olha que legal. Você vai ficar nesse
lugar cheio de criaturas estranhas e um ser peludo e mal humorado. Não vou me demorar, toma, aqui tem um elixir mágico que poderá usar caso queira fugir. ’
‘Spray de pimenta. Super!’ ela exclamou, ironicamente, vendo seu pai ir embora. Seus olhos passearam pelo salão e ela pode ver os objetos falantes, até seus olhos caírem sobre a Fera. Ela abafou um grito.
‘Está com medo?’ ele perguntou.
Ela respirou fundo. ‘Não’. E o fitou por mais alguns minutos. ‘Então… Cabeludinho… O que eu faço agora?’ ela perguntou à Fera.
‘Você eu não sei, mas eu vou pra a Ala Leste, que por sinal é proibida pra você, compor uma música sobre isso tudo. Alice, que já está ali no canto quicando, que nem uma bola por sua atenção, te levará aos seus aposentos. E pra não dizer que eu sou ruim vou te dar um conselho: cuidado com o veneno da rosa. ’ A fera aconselhou.
‘Mas rosas não são venenosas. ’ ela disse, toda sabichona.
‘Enfim, cuidado com o veneno dessa rosa. ’
‘Veneno, ora, onde já se viu uma rosa como eu, elitizada, escolada e de nível, ter veneno. Veneno quem tem é a sua mãe, seu infeliz… ’ e ela continuou falando, mas a Fera ignorou, indo embora.
‘Bom, garotinha fofa que será minha melhor amiga dentro desse castelo cheio de malucos, eu vou te instruir aqui dentro pra viver uma vida agradável, principalmente com a Fera por perto:
Primeiro você terá que vestir tudo o que eu disser. Principalmente vestidos azuis de seda… E nada de All Star e jeans.
Segundo, A Ala Leste é proibidíssima. Nem sonhe em ir lá. A Fera lê os pensamentos.
Terceiro, não ligue para a Rosa. Ela é chata assim mesmo. ’
‘Realmente espero que você queime esse bico ai com chá quente, sua imprestável. ’ A Rosa disse.
‘Onde eu acho um cravo nessas horas?’ Alice perguntou.
‘Cravo? Pra quê cravo?’ Bella perguntou.
‘Nunca ouviu a lenda? O Cravo brigou com a Rosa debaixo de uma sacada, o Cravo saiu ileso e a Rosa toda espancada… ’
‘Epa, não é assim que a história aconteceu… ’ A Rosa se defendeu.
‘Mas deveria ser assim… ’ Alice disse, friamente.
‘Então, vamos aos meus aposentos?’ Bella disse, tentando acalmar o clima.” – Não vai me interromper? Estou estranhando, a essa altura do campeonato, você já teria interrompido. – eu perguntei à Nessie.
- Não, titio, estou esperando o final, para ver o loirinho se dar mal. – Nessie me confidenciou. Tal pai, tal filha.
- Han… Certo.
“Bella começou a prestar atenção na Fera e percebeu que embaixo de todo aquele pêlo existia um coração. Ele até dera um presente a ela: sua biblioteca cheia de livros empoeirados, quando na verdade ele queria dar um carro a ela. Sim, ela o achava bom, mas a Fera não concordava, acreditando que não possuía mais alma e seu coração era apenas um pedaço de pedra que ficava dentro do seu tórax não tão sarado quanto o do seu irmão mais velho. Então, toda vez que Bella tentava uma aproximação, ele se esquivava.
‘Criatura, você percebe que essa pode ser a nossa única maneira de voltarmos ao normal?’ Alice perguntou.
‘Mas ela não vai me querer. Como é que uma pessoa normal, uma humana vai querer ficar com um monstro como eu?’ ele perguntou aos demais presentes.
‘Bom, certo dia eu li um livro estranho de capa preta que falava do amor entre um vampiro e uma garota e…’ Emmett começou a falar.
‘Me poupe dessa coisa ridícula, isso não existe. ’ A Rosa falou. ‘Oh, meu querido, o caso é o seguinte. Ou você beija a humana ou a gente vai ficar assim para sempre.’
‘Não quero!’ ele relutou.
‘Qual é cara, imagine, você pode escrever uma sinfonia em relação a isso. Não seria demais?’ Emmett sugeriu.
‘Não quero.’ Ele disse, fazendo beicinho.
‘Olha aqui, ô primo It, esse doce todo quem faz é o reloginho ai, que se vive reclamando da vida. Se você não beijar a humana eu vou rolar com meus espinhos em seu piano e vou arranhar tudo.’ A Rosa ameaçou.
‘Você não faria…’ ele duvidou.
‘E em seus carros também. E não duvide de mim… Eu já fui expulsa de um planetinha, onde um garotinho era um príncipe.’
‘Expulsa, por quê?’ Alice quis saber.
‘Ah, a mesma ladainha: veio pra Terra, conheceu uma raposa, voltou pro planeta e veio com um papo de cativar. Aí eu mandei ele cativar a mãe e aqui estou. Em todo caso, preciso voltar a ser vampira vegetariana…’
‘Por quê?’ Emmett perguntou.
‘Tenho contas a pagar com aquela raposa… ’ ela disse, com um leve brilho de vingança no olhar.
‘Então… Está decidido, Edward vai beijar a menina. ’ Alice disse.
‘Eu não decidi nada. ’ Ele disse.
‘Mas não importa, eu vejo você beijando Bella… Alguém decidiu. Perdeu playboy. ’ ela disse, sorrindo. ‘Mas é claro, desse jeito ai você não vai beijar ninguém. Vamos fazer um curso de etiqueta, renovar seu guarda roupa e aparar as pontas desse cabelo todo… ’
Então, a tarde seguiu e todos se empenharam para que o jantar fosse um sucesso. Bem, quase um sucesso. Ao avistar Bella, na escada, a Fera perguntou à Alice:
‘Porque ela está de amarelo? Era pra ela estar de azul, eu gosto quando ela veste azul. O vestido que ela estava usando no dia que ela chegou era azul, porque não colocou um vestido azul nela?’
‘Mas eu também não escolhi aquele All Star pra ela. É a última vez que eu peço para Emmett vestir alguém. ’ Alice confidenciou.
Então eles se aproximaram.
‘Você está muito bonito hoje, Fera.’ Bella disse.
Ouviu-se um pigarro no fundo.
‘Han… Você está linda, com esse vestido não azul… ’
‘… E All Star ao invés do salto lindo de cetim que eu escolhi pra você’ Alice disse ao fundo.
‘Então, quer dançar?’ A Fera perguntou.
‘Não sei dançar… ’ ela respondeu.
‘Han, sem problemas, eu conduzo. ’
Ouviu-se uma música no fundo, uma suave melodia.
‘Sentimentos são fáceis de mudar…’ Alice começou a cantar.
‘Peraê, Alice.’ Edward interrompeu, largando Bella que, ainda no ritmo, caiu no chão. ‘Eu compus uma música para dançar mais Bella… ’
‘Você vai tocar e dançar ao mesmo tempo? Nem você consegue fazer isso, Edward. Agora me deixe cantar a minha musiquinha, por favor?’
‘Tá bem…’ Edward bufou.
Então eles ficaram rodopiando noite adentro. Mas mudando o foco da historinha, ali perto, nas redondezas, Mikon foi atrás de Bella mais uma vez.
‘Sr. Swan, vim pedir a mão de sua filha.’ Ele disse com firmeza ao pai da nossa heroína, mas não o mesmo tipo favorito de heroína de Edward.
‘Chegou tarde, ela está no Castelo da Fera, que é peludo e musculoso.’ O pai dela disse.
‘E você deixou sua única filha num castelo com uma Fera?’ Mikon perguntou.
O pai refletiu, refletiu, depois virou para ele, enquanto pegava seu equipamento de pesca. ‘É… Acho que sim. ’ E entrou em sua casa, deixando Mikon boquiaberto com tamanha falta de responsabilidade paterna.
‘Vou resgatar Bella dos braços daquela Fera. ’ Ele disse, levando um bando com ele para que pudesse matar a Fera.
Então houve uma batalha feia, muita gente brigando com objetos e bla bla bla, mas o melhor estava por vir… A batalha travada entre a Fera e Mikon.”
- Isso, titio, conta! – Renesmee me interrompeu. Seus olhinhos brilhavam e seu sorriso no rosto denunciava que ela queria uma grande batalha.
“Ah, foi uma briga horrorosa. Claro que, em condições normais, a Fera, com um peteleco tinha derrotado Mikon. Mas nesse dia, para dar mais ênfase à história, foi uma batalha muito feia. Punho contra punho, espada contra espada, até que eles duelaram do modo mais perigoso:
‘Desafio você para um duelo de Badminton.’ Mikon desafiou.
Não preciso dizer que não foi uma boa idéia. Como uma bala perdida, a peteca atingiu uma inocente: Bella.
A menina cambaleou, caindo dura no chão, com a respiração fraca e batimentos fracos.
‘Ela está morrendo, Edward, você tem que beijá-la agora.’ Alice disse.
‘Mas ela vai virar uma de nós, digo, vampira…’ Edward disse meio cabisbaixo, pois não casaria com ela primeiro…
‘Caramba, beija logo essa menina, minhas pétalas estão caindo e eu não quero ficar despetalada…’ Rosa gritou.
Então Edward beijou a menina humana, transformando-se novamente em vampiro, sua família voltou ao normal e a menina transformou-se em vampira.
‘Edward? Edward, é você?’ ela quis saber.
‘Sim, Bella, sou eu.’ Ele respondeu, sorrindo. ‘Você quebrou o feitiço, eu e minha família pudemos voltar ao normal. ’
‘Pena que seu nariz não se concertou.’ Bella murmurou. ‘Ele ficou meio tortinho… Mas até que é bonitinho assim…’
‘Han… É… Enfim, você aceita casar comigo?’ ele perguntou.
‘Ai, casar? Mas tão nova? Imagina o que as pessoas da aldeia vão dizer…’
‘Você não vai envelhecer, sabe? Agora que é uma vampira.’ Ele murmurou.
‘Ah, então, por mim, tudo bem.’ Ela disse.
Como Alice, aquela louca, já havia tudo planejado, o casamento foi realizado. A Rosa, depois de ter caçado a bendita raposa, ainda mal humorada, aceitou o musculoso irmão de Edward. Alice acertou-se com o ex-reloginho e todos viveram felizes para todo o sempre.’
- E fim. – eu conclui.
- SÓ ISSO?! – Nessie exclamou. – E Mikon, qual foi o fim dele? Gastón morreu no final do desenho, titio.
- Ele casou com a fofoqueira da aldeia… Mas que coisa feia, Nessie. Eu não vou alimentar essa violência desnecessária.
- Você adora violência, tio. – ela me lembrou, piscando incrédula.
- Sim, mas quando eu encorajo a violência é diferente. Ela pode se voltar contra mim. Sabia?
- Como assim? – ela questionou.
- Se eu encorajar, Rose, Edward e Bella podem ser violentos comigo, e eu não estou muito a fim de ser desmembrado hoje, sabe? – eu confidenciei.
- Hum… Puxa, mas eu adoraria ver Mike Newton se dar mal no final. – ela disse.
- Bem… Acho que podemos fazer algo a respeito disso, se você souber guardar segredo. – eu disse, armando um plano com a minha sobrinha.
Graças a Deus Alice não previa o futuro de Nessie e Edward estava longe demais para ouvir nossos pensamentos. O castigo teria sido terrível.
O caso foi o seguinte: Mike Newton tem um segredo. Depois de assistir O Chamado, ele ficou sete dias sem dormir. Até hoje ele tem medo que a garota, a Samara, venha rastejando e faça alguma perversidade com ele.
O que fizemos? Mandamos via celular o vídeo que aparece no filme com o nome: As mais belas de Forks. Depois disso, fiz Nessie ligar e falar com a mesma voz (a menina é uma ótima imitadora): Sete horas.
Rapaz, a cara do moleque ficou mais branca que a minha. E olha que eu já não tenho sangue no corpo…
Mas a melhor parte foi na hora de dormir. Nessie ficou fofíssima de peruca longa, lisa e preta, vestido de boneca todo rasgado e molhado, e a maquiagem ficou impecável. Eu não sabia que ela conseguia se maquiar tão bem, ainda mais para fazer uma cara tão horrenda.
Vou narrar mais ou menos o que aconteceu. No quarto de Mike, tive que quebrar a TV, instalar um poço falso em seu quarto e molhar tudo. Mas não se preocupem, já arrumei tudo antes de sair. Quando ele entrou no quarto e viu o poço, a TV quebrada e tudo molhado, ele ficou em choque. Pior ainda quando viu Nessie saindo do poço.
Coitado.
Nunca vi alguém desmaiar tão rápido. Parecia uma jaca madura caindo no chão. Prontamente, Nessie e eu arrumamos tudo, mas deixamos sua cama molhada, para que sua mãe pensasse que ele havia feito xixi na cama. HeHeHe…
Com Nessie satisfeita, voltamos para casa, onde Edward nos esperava. Nessie mostrou ao pai o que fizemos, e eu já estava esperando meu castigo, quando ele gargalhou, abraçou Nessie e disse: – Orgulho do papai.
Sério, quais os valores que Edward está ensinando para a filha? Se não fosse por mim, essa garota estaria perdida.
Pelo menos dessa vez eu não tive castigo algum. E é muito com começar um ano assim.
Então, monstrinhos e monstrinhas, titio deseja a todos um ano vampiresco, cheio de ursos pardos, quedas de braço bem sucedidas e historinhas.
Com muito amor, músculos e a vitória de não ter sido castigado, mas horrorizado com os novos valores ensinados às criancinhas,
Tio Emmett.
- Emmett, Emmett… Conte isso direito. Não foi bem assim que aconteceu. – Alice me corrigiu, lendo por cima do meu ombro o que eu acabara de escrever.
- Alice, fica na sua, tá legal? – eu disse.
- Não posso, sou muito correta para ver uma pessoa mentindo aos próprios leitores. Acho isso feio e eles merecem saber o que aconteceu com você depois de ter feito essa atrocidade com o garoto Newton. Conte a verdade, que Carlisle teve que atender o menino, pois ele ficava repetindo o tempo todo: sete horas, sete horas… E sentiu o seu cheiro no quarto dele. Nossa, eu nunca vi Carlisle perder a paciência com você, meu irmão, foi absolutamente engraçado ele chegar em casa bufando do jeito que chegou.
- Não vi graça nenhuma… – eu respondi.
- Claro… Você que teve que cantarolar canções de ninar para Mike Newton durante um mês inteirinho até que o menino pudesse dormir em paz, sem ficar repetindo, assustado, SETE HORAS, enquanto dormia. Não entendo porque não gostou, queria tanto ver o que Bella tanto falava enquanto dormia, quando era humana, mas você sabe que Edward nunca deixou, agora nem posso ver Nessie dormindo, pois Rosalie é cheia de dedos com a menina, ai…
- Alice…? – eu achei sua atenção.
- Sim? – ela respondeu.
- Diga logo que você só veio aqui dar um olá e se despedir dos leitores…– eu disse, sabendo das reais intenções da minha irmã pequena e chata.
- Ah, bom, já que mencionou… – ela sorriu, sem graça. – Fofinhos e fofinhas, muitos beijos e abraços com cheiro de roupas novas e botas de couro de salto fino.
- E FIM. – eu gritei, apertando o enviar do email.