quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Sinopse de O Grau 26 - Anthony E. Zulker

Os especialistas, até hoje, haviam criado 25 graus para explicar os assassinos. Agora..se vem na obrigação de criar o GRAU 26.

A"experiência" é mesmo eletrizante, nos prende a cada página, a cada vídeo. Porém, tem seu lado bom e seu lado ruim: o bom é que é uma nova forma de cativar uma geração que já nasceu conectada; o ruim é que é preciso estar conectado para aproveitar totalmente o que o livro oferece. Para quem está acostumada a levar o livro debaixo do braço pra todo e qualquer lugar, como eu, não foi tão fácil. Para o livro, abre o video. Mais algumas páginas, outro vídeo. Se virar moda, não serei fã do estilo, mas isoladamente, é um projeto interessante que teve um resultado eficiente: deu medo mesmo.
É o tipo de história em que você fica se perguntando quem poderia ser autor de tamanha insanidade, o Assassino 26 pode ser categorizado com o título de MONSTRO, com todas as letras maíusculas, pois seus atos, são, invariavelmente, cruéis.

É o tipo de história que te prende do começo ao fim, e com suspense e tensão suficiente pra nunca querer encontrar alguém como Sqweegel.

Sinopse - Despertada - House of Night - Livro 8 - P.C. Cast, Kristin Cast


No início de Despertada, Zoey voltou do Outro mundo, ao seu lugar de direito como grande sacerdotisa da Morada da Noite. Seus amigos estão contentes apenas por ter ela de volta, mas depois de perder seu consorte humano, Heath, Zoey vai manter a relação dela com o guerreiro super-quente, Stark? Stevie Rae é desenhada ainda mais perto de Rephaim, o Raven Mocker com quem ela compartilha uma relação misteriosa e poderosa, mas é um segredo perigoso que isola-a de sua escola, seus novatos vermelhos e até mesmo seus melhores amigos. Quando a sombria ameaça de Neferet, que está chegando mais perto e mais perto de alcançar seu objetivo de ter de volta a imortalidade e Kalona, que irá tomar para manter a Morada da Noite protegida, e o que será que Zoey fará para conservar seu coração irremediavelmente quebrado?

Despertada - House of Night - Livro 8 - P.C. Cast, Kristin Cast

Sinopse - O Mundo Assombrado Pelos Demônios - A Ciência Vista Como uma Vela no Escuro - Carl Sagan


Assombrado com a escuridão que parece tomar  conta do mundo, onde explicações pseudocientíficas e místicas ocupam cada vez mais os espaços dos meios de comunicação, Carl Sagan acende a vela do conhecimento científico para tentar iluminar os dias de hoje e recuperar os valores da racionalidade. Em meio a anjos e ETs, astrólogos e médiuns, fundamentalismos religiosos e filosofias alternativas, dois mais dois continuam a ser quatro e as leis da mecânica quântica permanecem valendo em qualquer parte do planeta. Este livro é uma reafirmação plena do poder positivo e benéfico da ciência e da tecnologia.

O Mundo Assombrado Pelos Demônios - A Ciência Vista Como uma Vela no Escuro - Carl Sagan

domingo, 7 de agosto de 2011

Drácula - Bram Stoker




Publicado em 1879, inspirado em relatos do folclore romeno sobre o nosferatu, ou morto-vivo, e na saga do príncipe Vlad Drakul, que lutou contra os turcos nas Cruzadas. Drácula definiu o arquétipo do vampiro como o ser diabólico que se alimenta do sangue de suas vítimas e tem poderes extraordinários.

Drácula - Bram Stoker

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

It all ends... ever!


Ele estava misterioso ao celular.
Jamais tinha ficado tão tenso ao falar comigo, embora, nos ultimos dias ele estivesse sim, muito estranho.
Aquele sorriso que ele abria sempre ao me ver, o abraço apertado que sempre demonstrava saudade e logo em seguida o beijo molhado significando desejo, já pareciam não existir mais.
Havia alguma coisa acontecendo, mas ele não me contava nada.
A ligação fora para me dizer que o esperasse aqui em casa, que eu não fosse encontrar com o Lipe. Um amigo que ele suspeitava que gostava de mim, embora eu sempre tirasse essas bobagens de sua cabeça. Lipe e eu marcamos de ir ao shopping comprar roupas esportivas para a academia que começaríamos a frequentar na semana seguinte, aproveitando, iríamos comer e quem sabe ver um filme.
Nos momentos em que antecediam a chegada de William, que estava vindo do trabalho, mandei uma mensagem de texto à Lipe, dizendo que me esperasse um pouco mais pois eu me atrasaria. Mesmo sem contar a William, eu iria sair mesmo assim com Lipe. Afinal, seria um encontro para questões acadêmicas, literalmente.
Por minha cabeça passavam zilhões de coisas. Não, ele não descobrira que eu ficara com um garoto na última festa que fui. Não tinha como saber, e eu... estava bêbado, e chateado com ele por não querer ir comigo. E além do mais, nem lembro do rosto desse menino, e nem mudou o amor que sinto por ele.
Deitei-me na cama e fiquei ouvindo músicas que lembravam nós dois. Nossos momentos juntos, nesses quase nove meses de namoro.
Quando ele chegou, já estava quase chorando com uma música melancólica. Ele estava com uma aparência cansada quando abri a porta. Sua pele estava suada, uma camiseta preta com gola V, justa ao corpo musculoso, seus olhos brilhosos demais... Hesitou na soleira da porta, esperando eu sinalizar para que entrasse.
- Demorei muito? - ele perguntou para quebrar o gelo, dele próprio, talvez.
- Acho que não. Não - falei por fim.
Sentamos um na frente do outro, na mesa da cozinha. Ele colocou a mochila no chão e pediu para que eu lhe desse algo para beber. Levantei, peguei uma garrafa de Coca-Cola na geladeira e pus em cima da mesa para que se servisse.
Sentei novamente e ele disse: - Prometa que - ele esperou mais um pouco -, não irá chorar.
Aquilo logo me queimou por dentro. Ai, ai, ai, o que estava por vir?
- Dino, talvez essa seja a ultima vez que tomamos uma Coca-Cola juntos. - Fui com a minha mão segurar a dele, mas ele a afastou, me rejeitando. - E talvez seja a última vez em que nos vemos.
Meus olhos se encheram de lágrimas e já não precisava ouvir mais nada para me fazer chorar mais do que já estava chorando.
- Portanto, peço que me entenda... - e ele levantou meu queixo, mas logo abaixei a cabeça na mesa.
- Você tá terminando comigo? - falei aos prantos, tentando enxergá-lo em meio as lágrimas.
- Por favor - ele pediu com a voz calma e doce -, como verdadeira lembrança sua, eu quero um sorriso. Aquele lindo que você costuma iluminar onde está.
- Como posso sorrir quando você está me matando? - agora eu soluçava e tremia. Mas ele não tentou me fazer sentir melhor. Percebi que estava decidido.
Ele ficou calado me vendo chorar. A dor era forte demais.
Parecia que ele não entendia. Uma vida, queria passar a vida inteira com ele, morar com ele, amá-lo todos os dias... nosso amor era perfeito.
- Eu quero um sorriso seu como última lembrança. Por favor, não chore, não chore! - ele pedia com os olhos cheios de lágrimas.
- Por que última lembrança? Onde você vai? Por que está terminando comigo?
- Não podemos ficar mais juntos. Sabe dos problemas que existem entre a gente. Tem os meus pais, tem o restante da minha família que não nos aceitam...
- Mas não é com eles que você vai viver! Pense melhor, não faz isso comigo.
- Você não está me entendendo. Eu queria ter filhos. Filhos meus. Uma família, ser respeitado.
E a cada palavra eu recebia um corte de foice que atravessava meu coração e peito.
- Mas não é o que você quer. É o que eles querem. Você está cego.
- Lembra daquela tarde em que nos conhecemos? - ele perguntou segurando o choro. Não havia notado que ele mudara de assunto, pois estava ocupado limpando meu nariz e secando meus olhos.
- Como eu poderia esquecer, seus olhos brilhavam como águas cristalinas, aguas que pareciam que eu iria me afogar se tentasse nadar. Vi sua felicidade ali.
- Foi lindo mesmo te conhecer...
- E isso não é ótimo? Tudo que fizemos foi especial, por que quer jogar tudo fora?
Percebi que eu havia o interrompido quando ele disse sem ter me ouvido: - E mais bonito ainda o que aconteceu entre nós, no dia do seu aniversário. Mas já passou, já passou.
E ele fitava o nada enquanto falava. Ainda segurando o choro.
- Agora é preciso que nos separemos. E devemos seguir sem nenhum vínculo.
- Para de falar essas coisas, não aguentaria ficar sem você. Sem te ver, sem saber se está bem.
- O nosso amor estava se transformando somente em rotina, e o amor... O amor é uma outra coisa.
- De onde está tirando essas coisas?
- A sua Coca vai perder todo o gás - ele falou distraído. - Nenhum de nós é culpado, nenhum de nós. Mas desde que começamos a trabalhar, temos nos visto cada vez menos.
Eu ainda estava de cabeça baixa, não conseguia nem respirar direito. Já estava com vontade de vomitar de tanto que já chorara.
- Por favor... Por favor, não chore mais, não chore.
- Eu te amo, te quero, te amo!
- Não, você se acostumou a mim, o amor é uma outra coisa.
Ele então se levantou. Pegou a mochila do chão e estava prestes a sair.
Olhei pra ele com raiva mas chorando mesmo assim.
- E você não liga para o que eu sinto?! Acha que meu coração é feito de papel para você rasgar, amassar e depois jogar fora?
- Dino, eu...
- Sabe o quanto eu me sacrifiquei? - acabei berrando. Ele me fitou um pouco assustado e triste. Subi a manga da blusa de frio que eu estava usando e lhe mostrei a tatuagem que continha seu nome. Era uma lua crescente lilás e ao lado seu nome numa caligrafia impecável. - Isto também nem significa nada pra você, né?
Ele olhou para a tatuagem e começou a chorar, eu o abracei bem forte e ficamos os dois chorando.
A porta só nos observava.
Quando nos soltamos, ele suspirou, limpou os olhos e disse: - Agora eu vou indo, eu vou embora.
É o melhor para nós.
Então se lembrou e pegou o anel prata que estava em seu dedo. Retirou-o e me entregou. Afinal, eu tinha comprado o par.
Chorando novamente, ele falou:
- Eu quero que você tenha sorte, muita sorte. E que seja muito feliz. Que encontre alguém e o ame muito. Quem sabe o Lipe? Ele parece que gosta muito de você.
- Você está quase careca só de saber que ele é só meu amigo... eu só amo você, só você caramba! Você é a razão da minha existência. Sem você estou cego, sem você eu entrego meu corpo à própria sorte.
- Não gosto quando fala essas coisas... me preocupo contigo - ele chorou mais ainda.
- Então me beija e diga para eu esquecer tudo isso, diga que você enlouqueceu e...
- Adeus, adeus - ele disse por fim. Abriu a porta e já estava se afastando.
Me desesperei quando notei que estava mesmo perdendo o amor da minha vida.
E perderia sim, pois eu sabia que em breve os pais dele mudariam de cidade, levando com eles William. Será que era isso? Ele já estava se despedindo?
- Eu te amo, te amo, te amo! - eu falava chorando, ajoelhado no chão. Até batia a cabeça nele quando caí. Fiquei uns segundos lá na soleira vendo ele se afastar e sentindo meu coração vazar sangue. - Adeus. Tchau.

Então pensei melhor.
Fui até seu encontro e agarrei seu braço.
Quando o virei com força, ele me olhou incrédulo.
- Você vai mesmo conseguir viver sem meus beijos... - eu o beijei, do melhor jeito que pude. Alisei seus braços enquanto isso. Estávamos no corredor que dava acesso à rua. Ninguém estava nso vendo. Continuei fazendo minhas mãos passearem por seu corpo - vai viver sem meu toque? Não quer ficar uma ultima vez comigo? - e eu falava não mais alto que um sussurro, perto de sua orelha. Ele estava com os olhos fechados.
Quando me dei conta, estavamos na cama de casal do quarto da minha mãe, eu tirando sua camiseta suada e a jogando no chão.
O desejo falou mais forte. Nos unimos mais uma vez, mas dessa vez foi melhor. Parecia que o medo que ele tinha de me perder tornou muito especial a nossa relação. Estavamos sedentos, excitados, precisavamos entrar um no outro. E logo o frio da depressão que eu sentira... se transformara em calor. Chamas ardentes como se logo ao lado estivesse uma fogueira com muita lenha recém-cortada.
Cada movimento, cada beijo, cada toque, cada arrepio... cada gemido de prazer!
Quando acabamos com nosso ritual do amor, ele ainda deitado por cima de mim. Eu acariciando suas costas nua.
Ele me beijou e disse: - Acho que eu preferia morrer a deixá-lo.
Olhei para ele, bem no fundo de seus olhos e sorri.
Meu celular começara a tocar de repente. Era uma mensagem de texto.
- Pega meu celular, por favor? - pedia ele. - Está ao lado da TV.
Ele pegou e aproveitou e leu: "Ah, o.k. então, te espero no lugar de sempre. Não vejo a hora de te ver denovo. Sabe q eu te amo muito né? Bjos" , uma mensagem do Lipe. - falou para finalizar e me olhou com uma cara de ironia.
Fiquei mudo uns instantes. Ele morria de ciumes do Lipe.
- Bom, agora "não sobrou nada para dizer, exceto adeus!"
E eu deixei meu amor ir embora, provavelmente com o coração magoado.

domingo, 24 de julho de 2011

Game of Thrones Sneak Peek Legendado

A Guerra dos Tronos - As Crônicas de Gelo e Fogo - Livro Um - George R. R. Martin



Quando Eddard Stark, lorde do castelo de Winterfell, recebe a visita do velho amigo, o rei Robert Baratheon, está longe de adivinhar que a sua vida, e a da sua família, está prestes a entrar numa espiral de tragédia, conspiração e morte. Durante a estadia, o rei convida Eddard a mudar-se para a corte e a assumir a prestigiada posição de Mão do Rei.
Este aceita, mas apenas porque desconfia que o anterior detentor desse título foi envenenado pela própria rainha - uma cruel manipuladora do clã Lannister. Assim, perto do rei, Eddard tem esperança de o proteger da rainha.
Mas ter os Lannister como inimigos é fatal - a ambição dessa família não tem limites e o rei corre um perigo muito maior do que Eddard temia. Sozinho na corte, Eddard também se apercebe que a sua vida nada vale. E até a sua família, longe no norte, pode estar em perigo.

A Guerra dos Tronos - As Crônicas de Gelo e Fogo - Livro Um - George R. R. Martin

Abraham Lincoln: Caçador de Vampiros - Seth Grahame-Smith



Indiana, 1818. A luz da lua cai através das florestas densas que cercam a cabana de apenas um quarto onde um Abraham Lincoln com apenas 9 anos se ajoelha ao lado do leito de morte de sua mãe.
Só mais tarde o entristecido Abe descobriria que o ferimento fatal de sua mãe era, na verdade, culpa de um vampiro.
Com o dom de suas legendária altura, força e habilidade com um machado, Abe sai em um caminho de vingança que irá levá-lo até a Casa Branca.

Abraham Lincoln: Caçador de Vampiros - Seth Grahame-Smith

Sinopse - A Passagem - Justin Cronin



Primeiro, o imprevisível: a quebra de segurança em uma instalação secreta do governo norte-americano põe à solta um grupo de condenados à morte usados em um experimento militar.
Infectados com um vírus modificado em laboratório que lhes dá incrível força, extraordinária capacidade de regeneração e hipersensibilidade à luz, tiveram os últimos traços de humanidade substituídos por um comportamento animalesco e uma insaciável sede de sangue. Depois, o inimaginável: ao escurecer, o caos e a carnificina se instalam, e o nascer do dia seguinte revela um país – talvez um planeta – que nunca mais será o mesmo.
A cada noite, a população humana se reduz e cresce o número de pessoas contaminadas pelo vírus assustador. Tudo o que resta aos poucos sobreviventes é uma longa luta em uma paisagem marcada pelo medo da escuridão, da morte e de algo ainda pior. Enquanto a humanidade se torna presa do predador criado por ela mesma, o agente Brad Wolgast, do FBI, tenta proteger Amy, uma órfã de 6 anos e a única criança usada no malfadado experimento que deu início ao apocalipse. Mas, para Amy, esse é apenas o começo de uma longa jornada – através de décadas e milhares de quilômetros – até o lugar e o tempo em que deverá pôr fim ao que jamais deveria ter começado. A passagem é um suspense implacável, uma alegoria da luta humana diante de uma catástrofe sem precedentes.
Da destruição da sociedade que conhecemos aos esforços de reconstruí-la na nova ordem que se instaura, do confronto entre o bem e o mal ao questionamento interno de cada personagem, pessoas comuns são levadas a feitos extraordinários, enfrentando seus maiores medos em um mundo que recende a morte.

A Passagem - Justin Cronin

Os Magos



Quentin Coldwater é um gênio precoce às vésperas de entrar na faculdade. Como a maioria das pessoas, Quentin acreditava que a magia não era algo real. Acreditava.
Tudo muda quando ele é surpreendentemente admitido em uma universidade - muito antiga, muito secreta, muito exclusiva - de estudos mágicos, ao norte de Nova York.
Após se esgueirar por um terreno baldio do Brooklyn na tarde de inverno em que deveria ter feito sua entrevista para entrar em Princeton, Quentin se vê, em pleno verão, no idílico campus da misteriosa Brakebills.
Ali - não antes de um difícil e cansativo exame de admissão - ele dá início a uma extensa e rigorosa iniciação ao universo acadêmico da feitiçaria moderna; ao mesmo tempo, descobre também os princípios boêmios da vida universitária - amizades, amores, sexo e álcool.

Os Magos - Lev Grossman

Caçadora de Estrelas - Série Evernight, Vol. 02 - Claudia Gray



No primeiro livro da série Noite Eterna, Bianca revela seu surpreendente lado sobrenatural de uma maneira que o leitor jamais esquecerá. O que foi assustador para Lucas, não impediu que os dois continuassem se amando. Até que foram forçados a enfrentar a separação pelo bem de suas próprias vidas...
Havia muitos segredos em jogo.
Em Caçadora de estrelas, um novo ano começa, e Bianca volta à escola Noite Eterna sabendo que já não terá a companhia de Lucas. Os desafios serão ainda maiores. As surpresas ainda mais assustadoras. Quem poderá ajudá-la a sobreviver em Noite Eterna?

Caçadora de Estrelas - Série Evernight, Vol. 02 - Claudia Gray

Aaaeeeeeeeeeee, tamo de volta!


Bom, depois desse longo tempo de reforma (--') voltamos, agora com muito, mas, muito mais livros e contos e poesias e TUUUUDO!

Bom aproveitem...

domingo, 10 de julho de 2011

REFORMA



GENTE, O BLOG IRÁ PASSAR POR UMA PEQUENA REFORMA... MELHORAMENTOS, E VOLTARÁ CHEIO DE NOVIDADES, AGUARDEM!

terça-feira, 21 de junho de 2011

Vivendo de inventar!


Vivendo de inventar!

André Vianco compartilha com você sua experiência de mais de dez anos no mercado editorial brasileiro e ensina que é possível viver de literatura em nosso país.
Vianco é autor de 13 romances de sucesso (dentre eles Os sete e Bento, A casa e seu mais recente romance O caso Laura ) com mais de 700.000 livros vendidos no Brasil, atuando também como diretor e roteirista de cinema e TV.
O encontro é dirigido a escritores iniciantes que buscam entender o caminho da ideia até o livro pronto e no balcão da livraria, ao alcance do seu público leitor. Vianco também dará toques interessantes sobre como vencer os obstáculos para alcançar a publicação de seus originais.
Não são poucas as editoras que recebem por volta de 60 originais nacionais por semana (algumas vezes mais) para avaliação. Isso acaba gerando um grande desgaste e ansiedade no autor pela demora da resposta e no editor quando indevidamente cobrado sobre a apreciação da obra. A maior parte dos autores tem seus livros rejeitados e descartados antes mesmo de uma avaliação mais profunda por falta de esclarecimento a respeito do funcionamento do mercado editorial e algumas dicas importantes certamente podem levar seu trabalho a etapa seguinte, garantido que sejam ao menos lidos e avaliados de maneira apropriada.
Esse curso de um dia vai melhorar seu posicionamento frente as editoras e outros mercados de trabalho ao alcance da função de autor, orientando no relacionamento com editores e livrarias, ajudando sua obra a se destacar no mar de tantos originais que chegam a mesa dos editores.
O conteúdo da aula poderá ser visto completo em www.blogdovianco.com/eventos

Alguns tópicos abordados serão:

- Dicas para encantar seu leitor
- O mercado editorial atual
- Publiquei meu livro, o que eu faço agora?

Inscreva-se já! Vagas limitadas!

Valor do investimento: R$ 580,00 (esse valor pode ser divido em até 5 vezes)

Mais informações através do e-mail contato@criamundos.com ou pelos telefones (11) 3683-4599 (11) 3682-6046 com Marisa Samogin ou Andréia Melo (das 10h às 18h).

Data: 23 de Julho de 2011

Local: Av. Brigadeiro Luiz Antônio, 2050 Ala B 1º. Andar Bela Vista São Paulo/SP


Imprescindível fazer inscrição com antecedência.

domingo, 17 de abril de 2011

Devaneios da Garota: O Sonho dela

Devaneios da Garota: O Sonho dela

Uma noite apenas [I]



Era noite fria, meio do Outono, a Lua cheia era destaque, no céu limpo e sem estrelas, brilhava gloriosa. Decididamente, me joguei na cama, não havia mais nada que eu pudesse fazer, a não ser me deitar. Aproveitei o clima que a estação proporcionava e me cobri dos pés até o queixo, me mantendo assim aquecida. Conforme fui sentindo meu corpo esquentar, fui relaxando, indo de encontro ao sono, quando senti o colchão afundar, alguem havia se deitado ao meu lado. Senti seu cheiro enquanto ele se aproximava, seus profundo olhos castanhos me fitaram com tamanha intensidade, que dava pra sentir o desejo no ar, e as faiscas que iluminavam seu olhar, seu corpo quente foi se acomodando ao meu, seu peito subia e descia, sua respiração estava acelerada, sua boca entre-aberta, exalava um hálito delicioso, então nos beijamos. Que beijo foi esse, um beijo ardente, seus lábios macios foram ficando urgentes, suas mãos descobrindo meu corpo, arrepiei quando a brisa gelada passou por mim, em contraste com seu corpo tão quente. Suas mão permaneciam acariciando minha pele, descendo pela minha cintura até o quadril, de encontro a minhas coxas. Isso me provocava arrepios contínuos e da minha boca, escapavam gemidos enquanto ainda o beijava. Ainda em um estado que não sei bem descrever o que é, meu corpo correspondia ao ritmo que suas mãos trabalhavam, minha mente e minha própria vontade me deixaram, estimulando os desejos do meu corpo. Um dedo passou por baixo do elástico da minha calcinha e deslizou pra dentro de mim.

O Fruto Proibido


Ele esperava, hora e local marcados, enquanto ela se divertia com outras pessoas.
Ele burlava o compromisso, durante aquelas horas que se seguiria ele esqueceria a promessa de matrimônio e ela já não tinha mais nada a perder.
O companheirismo, a cumplicidade, as conversas, encontros, mesmo que em locais públicos e ainda desconhecidos, havia mexido com ambos, ela, tinha medo de se apaixonar, ele, uma palavra a manter, mas mesmo assim, ainda que com tantos medos e incertezas ver-se-iam aquela noite.


O sonho dele.

Depois de uma noite de amor, acordo...
Ouço ao longe o som da água caindo do chuveiro.
Penso em você, nua e molhada...
Logo um desejo de tê-la novamente em meus braços vem a minha mente...
Me excito...
Imagens da noite anterior voltam a minha mente...
Não agüento e me levanto. Vou andando em direção do banheiro...
Na minha audição, o som da água aumenta...
Logo chego a porta, admiro seu corpo de costas. Lindo!
Seu cabelo molhado colado nas costas, o cheiro do xampu o movimento que seu corpo faz para tirar o excesso de água do cabelo... Tudo isso é um convite...
Me aproximo de você...Agarro-a pela cintura, beijo teu pescoço...
você se arrepia, sorri com malícia...

viro-a de frente pra mim...Beijo sua boca. Um beijo voraz, cheio de paixão...
Mordo seus lábios...Vou descendo minha boca para seu pescoço...


Desculpa

Bom gente venho aqui pedir desculpas pelo sumisso, mas as vezes é necessário ,um surto criativo me invadiu ... UAHUSHAUSHAUHS

Bom novas criações acessem: http://devaneiosdagarota.blogspot.com/

Beijos

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Danos Permanentes.

Já estava na segunda ligação perdida quando resolvi desligar o celular. Já estava me irritando Dave me ligando toda hora e eu tendo que aturar a música de chamada até o último toque.
Bruno não sabia das ligações que Dave me fazia. Mesmo que eu as ignorasse e depois apagasse do registro, não contava pra ele.
Começamos a namorar no dia seguinte ao episódio na casa de Dave, duas semanas atrás. Desde então, Dave não deixa de me ligar. Bruno está sendo perfeito, me trata bem, está comigo quando não está trabalhando, é muito carinhoso e me sinto bem ao seu lado. As vezes o sinto inseguro em relação a Dave. Em sua cabeça existe uma Fernanda que ainda ama e sofre por Dave, mas aos poucos irei mostrando-lhe que mudei, e para melhor, agora que finalmente esqueci Dave, não completamente pois ele ainda me perturba com suas ligações.
Não, não vou atendê-lo. Além do mais, não quero ouvir sua voz. Por que não quero? Será que Bruno tem razão? Vou ter uma recaída? Eu não confio em mim? É melhor evitar até estar mais forte. É isso.
Depois de mais uns dias me escondendo do celular, ouço um toque diferente ao me aproximar dele, que estava em cima da mesa da cozinha, local onde deixo assim que chego em casa do trabalho, era uma mensagem de texto. Não reconheci o número, mas li a mensagem:
POR QUE NÃO ME ATENDE? MUDOU DE NÚMERO OU TÁ SÓ FUGINDO? SÓ QUERIA PEDIR DESCULPAS POR EU TER FALADO AQUELAS COISAS NO DIA QUE ESTAVA AQUI.
FOI MAL, NÃO PENSEI DIREITO. ME LIGA, PRECISO FALAR COM VOCÊ. P.S: SEU PERFUME FICOU AQUI, AINDA O SINTO TODA NOITE NO MEU TRAVESSEIRO.

Sentei-me na cadeira mais próxima. Minha mãe surgiu da sala de estar e avaliando-me perguntou:
- O que houve menina? Está tão pálida.
- Nada não. é o calor. Ele costuma abaixar a minha pressão. - só consegui dizer por essa ser uma verdade, embora, num momento de mentira.
Enquanto minha mãe estava na pia lavando o arroz para fazer o jantar, corri para o quarto para falar com minha irmã. Precisava lhe contar sobre Dave. Ela estava a par de tudo. Foi com ela que desabafei quando cheguei em casa semanas atrás. Ela me abraçou e chorou junto quando lhe contei meu sofrimento, ela o insultou de todas as coisas na conversa, mas quando mostrei-lhe uma foto dele, ela "entendeu" meu amor por ele.
- Nossa, faz tempo que não o vejo. Está diferente. - disse ela.
Assenti.

- Amanda? - chamei ao entrar no quarto. Ela estava debruçada na cama lendo uma revistinha de horóscopo e ouvindo música nos fones.
- Oi, tava esperando você chegar do trabalho. - disse ela parecendo animada.
Amanda era um ano e meio mais nova que eu. A achava até mais bonita. Seu cabelo era mais liso e arrumado que o meu, seu corpo parecia ser perfeito e tinha sorriso muito simpático. No que eu me considerava melhor era em quantos caras lindos eu fiquei. Mas o que eu mais queria, não obtive sucesso, então...
- O Dave me mandou um torpedo.
- Finalmente. Já tava achando que ele era burro. - brincou ela.
- Por quê? - tentei entender. Sentei-me ao seu lado na cama.
- Faz quase um mês que ele tenta falar com você e você nem atende, se ele queria mesmo dizer algo para uma pessoa que não atende o celular, mandaria um torpedo, daí ele pode falar sem você desligar. Você leu o torpedo até o final, né?
- Li.
- Então parabéns pra ele.
- Não faz sentido. Enfim... ele me pediu desculpas e...
Contei-lhe o conteúdo do torpedo. Para a minha surpresa, ela não tirou o sorriso do rosto. Estava animada com minhas palavras.
- Vai fundo Fernanda.
- Vai fundo pra onde? Eu namoro o Bruno, esqueceu?
- Mas você não o ama. E não o fará feliz assim.
- Como não? Não estou nem aí pro Dave.
- Está sim, admita. Você ainda o ama e ficou balançada com o torpedo.
- Quê? Pára de dizer besteiras.
- Você nem ama o Bruno, tá com ele só pra não ficar sozinha chorando e...
- Cala a boca. - disse irritada. O barulho da panela de pressão maquiava os meus gritos que começaram a surgir. Deixei ela falando, fui até a gaveta pegar uma roupa de sair. Ia dormir na casa do Bruno hoje.
- Fica com o Dave. Não desista dele. Você lutou por mais de 3 anos...
- E de tanto lutar, os guerreiros acabam cansando.
- Os fracotes.
- Os que querem uma vida melhor.
- Não vão ser felizes assim.
- Escuta aqui Amanda. Pára. Você já tá começando de novo. Você pensa que sou uma personagem de um dos livros que você lê e desgosta por causa do final? Do jeito que você não pode mudar os destinos delas, não pode mudar os meus.
- Como assim? - ela perguntou interessada.
- Bruno e eu vamos morar juntos em breve. - cochichei perto do ouvido dela. - Mas não conta nada pra mãe ainda. Vamos contar quando estiver tudo certo. To indo tomar banho.
- Beleza.
Vi quando Amanda pegou o celular dela e repôs os fones no ouvido. De relance a vi pegar também o meu celular.
- Vou pegar uma música pelo BLUETOOH! - gritou ela.
- Tá. - respondi do banheiro.

Por causa do trabalho e da faculdade, Bruno só me viu 2 vezes nessa semana. Havia alguns trabalhos para entregar e pouco tempo para executar todas as tarefas diárias. As vezes penso que ao namorá-lo, estou dando mais uma responsabilidade a ele. Atarefando-o mais ainda. Isso me deixa mal e constrangida quando o vejo atrás do notebook e de uma pilha de livros e cadernos.
Passei alguns dias sem vê-lo, indo de casa para o trabalho e do trabalho pra casa. Estava com um pouco de saudade dele, mas algo me fazia não ligar tanto em não estar com ele. Dave não me ligara mais. Disso eu sinto falta. Gostava tanto de torturá-lo - e de me torturar com o toque da chamada.

Notei Amanda um pouco misteriosa essa semana. Ela parecia apressada as vezes e quando eu entrava em nosso quarto, ela parecia sempre desesperada em guardar algo ou me tirar de lá.

Estranho, ontem logo após eu terminar uma ligação com Bruno, o mesmo me avisara que me ligara e eu não o atendera, fui verificar os registros de chamada e sim, havia duas ligações perdidas de Bruno. O que me intrigou, foi ao verificar as ligações feitas e notar o número de Dave ali. A ultima vez que liguei pra ele foi a mais de um mês quando fui até lá. Mas aqui no registro mostrava uma data muito recente. Não me lembro de ter ligado para Dave, nem como "sem querer". A possibilidade de Amanda ter ligado era irrelevante, afinal, ela nem tinha contato com ele.
Bruno ficou diferente comigo nos ultimos dias. Não sei o que houve. Parecia que o amor que ele sentia por mim tinha se acabado ou coisa assim. Ele estava me evitando, quase não falava comigo, estava sempre extressado e "com coisas demais na cabeça". Ele tinha esfriado, quase não pedia meus beijos, agora que eu, depois de tanto tentar, estava começando a amá-lo.

Já estava começando a me sentir sozinha. Minha irmã não estava falando muito comigo, só o necessário. Bruno estava sempre ocupado, o que me deixava chateada, pois ele nem tinha mais tempo pra mim. Qualquer coisa era mais importante. Perguntei-lhe hoje pela manhã o que estava de errado quando passe pelo serviço dele.

- Que surpresa! - ele disse mas não me pareceu sentir emoção alguma em me ver. Até perdi um pouco da vontade de estar ali. Me deprimiu.
- Vim te ver já que você não faz mais isso. - falei olhando para o chão. A essa altura ja estava a ponto de dizer tchau.
- Você sabe que estou sem tempo, e você mesmo deve estar muito ocupada com... ultimamente. Olha, meu ônibus ali no ponto, tchau, tenho que ir. Entra no MSN quando chegar. - e saiu correndo.
- Bruno! - chamei indignada. Ele não voltou.
Não acreditei quando ele entrou mesmo no ônibus e o ônibus virou na esquina. Minha cara deveria estar horrível pois não paravam de me olhar. Haviam muitas pessoas naquela rua e todos os pares de olhos estavam mirando as lágrimas que escorriam pelo meus rosto.

Por que eu sempre tinha que ficar sozinha?
Cheguei em casa e me joguei na cama. Minha irmã não estava em casa, estranhamente. Aproveitei para chorar o quanto pude e pensar. Pensar o que eu tinha vivido nesses dois meses com o Bruno. Lembrei-me de Dave. Queria vê-lo. Sempre conseguia me destruir ou buscar forças com ele. Afinal, ele era tão legal, meu melhor amigo, até. Eu tinha de ligar pra ele. Pedir desculpas por não ter atendido o celular e... é, era isso o que eu tinha de ter feito. Precisava beber algo hoje, nem que fosse uma cerveja. Que dane-se o MSN. Não estava mais afim de falar com o Bruno hoje, se ele conseguia me evitar, eu também conseguia. Tinha que aproveitar que estava curada. Tinha que testar se eu ainda amava o Dave ou se meu coração fora costurado. Se desse certo, estava disposta a arrancar as linhas que Bruno usou e substituí-las por novas, pelas linhas de Dave. Mas no fundo, sabia que ele não queria nada comigo.

- Dave? - falei ao atenderem ao segundo toque. Estava tensa. Envergonhada, mas decidida.
- Porra Fernanda, finalmente, eu...
- Não fala nada. Olha, vamos sair pra algum lugar? Beber alguma coisa, sei lá...
- Faz o seguinte, pode vir aqui? Conversamos melhor.
- Aí na sua casa? Não posso ir pra Suzano uma hora dessas. Está tarde e...
- Que Susano? Sabe muito bem que agora to morando aqui no Centro. Esqueceu?
- Na verdade... - pra não prolongar a conversa com ele e perder a minha coragem em vê-lo, decidi mentir. - .. é, esqueci. Enfim, me diz onde posso te encontrar que vou. To afim de me distrair.
- Okay.

Combinamos que ele me esperaria perto de casa, o destino escolheríamos depois.
Depois de ter passado um bom tempo me arrumando, perfumando e ajeitando o cabelo a cada 2 minutos, consegui sair. Já passava das 21h o vi da esquina. Vi quando ele saiu de uma loja de conveniencias de um posto de gasolina. Estava tão... gostoso. Estava usando uma bermuda jeans que deveria ser da ECKO, e uma camiseta lilás que sei que fui eu quem lhe deu, não fazia muito tempo. O boné era meio que um marrom-amarelado. Era clarinho, mas só o deixou com o rosto mais maduro. Gostei do visual. Onde será que iríamos?

- Oi gata. - me deu um beijo no rosto. Não lembro se foi o frio, mas me arrepiei na hora. O perfume que ele usava era um dos que eu mais gostava. Dave era perfeito.
- Dave, olha... - suspirei adquirindo fôlego para começar, mas fui interrompida com a boca de Dave vindo em direção da minha. Não tive tempo para pensar em outra coisa que não retribuir àquele beijo e o abraço gostoso. Não acreditei que eu estava beijando o cara que mais amei na vida, o qual eu tinha vontade de estar o tempo todo, de construir uma família e ser feliz. Sim, estava acontecendo, ele estava mesmo me beijando.
Não quis - na verdade nem tentei ser forte. Ele me chamou para ir ao apartamento dele, para conhecer. Ficava na Aclimação. Não muito longe de onde estávamos. Para um homem, estava organizado até. Não havia muitas coisas fora do lugar, nada demais, capaz que ele tinha acabado de deixar ali.
- Não nos demorei lá fora porque eu pedi pizza. Não me faça essa cara, achei que dormiria aqui.
- Não posso, tenho que trabalhar amanhã.
- Falte. Precisa de folga.
- Dave, não...
- Deixa pra lá... senta aqui.
- Sentei me ao seu lado num sofá a frente da Tv. Ela permaneceu desligada, aliás, não teríamos lhe dado a atenção devida.

- Olha, desde o dia que você saiu daquele jeito, fiquei mal. Preocupado pois estava a maior chuva e você nem sabia o caminho até a estação e...
- Eu sabia o caminho sim, e não estava chovendo tanto.
- Deixa eu terminar... por favor. - ele estava com medo de tropeçar nas palavras. Ele estava com um rosto tão lindo, tremendo quase. Seus olhos castanhos brilhavam. - Fiquei pensando no que me disse, e fiquei pensando em como a minha mãe chorou naquela noite quando meu pai faleceu.

Eu congelei e morri junto. Não acreditei naquela informação. Só o fiz porque ele estava com a cabeça baixa e a voz quase morrendo também.

- Não acredito que o seu pai... Dave eu sinto muito. - meu abraço dessa vez não foi com segundas intenções. Não resisti e chorei enquanto o abraçava.
- Ja passou. O fato não é mais esse. - ele me disse tentando ficar sério. - Eu a vendo sofrer daquela forma, com dor por perder alguém que ama, com quem viveu por muitos anos, feliz e contente, com quem riu e chorou até, e teve filhos. Ela ficou muito abalada, pois ninguem esperava que ele morresse dormindo, não apresentava nenhum sinal de doença. Enfim... pensei no que me disse antes de sair, e avaliei com carinho tudo. Acho que comecei a gostar de você depois do enterro do meu pai, uns dias depois. Pois foi quando eu fiquei mais pensativo e dando mais valor a vida. Saí daquele trampo que não me servia pra muita coisa e agora estou em outro por aqui, que paga muito mais. Ajudo minha mãe e vivo bem aqui. Vim pra cá buscar especialmente uma coisa: Você. Acho que não suporto mais ficar nesse apartamento sozinho, te ligando e sem você atender o celular, me deixando triste e sem razão pra ter abandonado tudo e todos em Suzano.
Eu só escutava ele falar. Estava sendo difícil aderir tudo aquilo sem chorar. Era o que sempre esperei ouvir de um cara. Jamais imaginei que quem me diria isso, seria ele. Dave.
- Eu descobri que te amo. Descobri que quero ficar com você pois não vejo com quem mais ficar se não você. Não consigo me imaginar com outra pessoa. Não quero conhecer mais ninguém.
- Dave... - chorei. Iria acabar nos ferindo, de alguma forma, mas teria que fazer. - Não posso ficar com você. Não vai mais dar certo, eu namoro com outro, eu...
- Eu sei que você ainda gosta de mim, não faz isso comigo. Pensa em como será a sua vida, ou a minha. Não estraga isso, por favor.
- Não posso, pense em como estou compromissada, a mãe de Bruno é um amor, ela poderia se chatear, não quero magoá-la.
- Sinta como eu te amo. Sinta como eu te quero.
Dave me puxou para perto dele e me deu um beijo quase desesperado. Nossos lábios se encontraram com uma certa química indiscutivel. Não queria de jeito nenhum estragar aquele momento. Ele colocou meus braços em volta de seu pescoço, foi então que me senti vulnerável.
Ele sussurava coisas no meu ouvido dizendo que me amava e que não podia me perder, por nada desse mundo. Foi então que não aguentei e me entreguei de verdade. Disse a ele o que sempre quis dizer, mas dessa vez falei no momento certo e não foi aos berros. Ele me beijava cada vez mais e lambia meu pescoço. Era tão... excitante sentir aquela língua quente descendo cada vez mais. Não queria parar. O clima esquentou mais quando tirei a camiseta dele e vi aquele corpo maravilhoso e o volume que estava ali escondido na bermuda.
Não demorou muito para ele me levar para o quarto dele. Não me lembro de sentir repulsa por ter realizado um dos meus desejos secretos e com quem eu amava, e que com certeza voltara a amar. E o mais importante... que também me amava.
Estavamos muito ocupados quando o cara da pizza chegou. Suspeitamos que fosse porque o interfone não parava de tocar.
Quando acabou, me perguntei se tínhamos tomado banho. Foi muito intenso.
Passamos o restante da noite conversando e combinando como seria dali pra frente. Não foi difícil decidir o que fazer. O que concordamos foi: Dane-se o povo, abra as portas para o nosso amor.

Fui pra casa quando Dave foi trabalhar. Decidi tirar mesmo o dia de folga.
O que eu não parava de fazer era pensar. Como contar ao Bruno. Coitado, não queria magoá-lo. Ele me ajudou tanto. Tinha paciência quando eu ficava muito mal no começo. Contei-lhe sobre Dave quando chegamos em sua casa naquele dia. Ele entendeu direitinho e não fez mais perguntas. Provavelmente ele acharia isso uma covardia.
Quando cheguei em casa, minha mãe já tinha ido trabalhar. Minha irmã provavelmente estaria no computador. Ao entrar no quarto, notei que ela estava no banho, e essa quando entra, não sai mais do chuveiro. Sentei-me ali para acessar meus emails e vi quando uma janela de conversa apareceu do nada na tela e em seguida, a mensagem de ausente que foi deixada por Amanda. Era uma janela de conversa do Bruno com ela, que ocorreu antes de eu chegar. Ele mandara: Opa, desculpa a demora. Tava ocupado. e logo abaixo estava a mensagem de ausente dela.
Procurei nos registros se havia mais conversas entre eles. Sim, havia. A burra guardava todas as conversas. Me espantou quando vi o email do Dave ali também. Ela tinha contato com dave e Bruno?
Abri os dois para ler antes que ela saísse do banheiro.
No de Dave, foi de dias atrás, falaram sobre ele ligar e eu não atender, sobre um torpedo que ele mandara e ela respondera pelo meu. Ah, eu já desconfiava que ela havia mandado torpedos pelo meu celular, mas não que fosse pra ele. Ali havia ela colocando o dave cada vez mais perto de mim, dizendo pra ele não desistir de mim e... QUE ESTAVA AFIM DE TIRAR O MEU NAMORADO. Não acreditei que estava lendo aquilo:

Amandinha zika'em diz: Sou apaixonada pelo Bruno. Só por isso vou te ajudar a ficar com a minha irmã. Vou falar algumas coisas pro Bruno, vou entrar no msn dela, já que sei a senha dela, e falar umas coisas frias pra ele pensar que ela não gosta mais dele.

David Paulo diz: Blza, se vs conseguir fazer com que o namoro dos dois esfrie, ela virá pra mim, daí você pode ficar com o outro.

Amandinha zika'em diz: Suave' :D deixa comigo.

David Paulo diz: O.k. Obrigado mesmo, cunhadinha. -q

Amandinha zika'em diz: kkkkkkkkk' =D

Amandinha zika'em está Offline.

Fiquei chocada com aquilo. Fui enganada, entrei num jogo de capricho. Mais indignada com o que ela falou para o Bruno. Em umas partes ela dizia que não pode dormir, pois eu ficava chorando dormindo e chamando "um tal de Dave" e coisas sem noção. Dizia que eu tinha sido pra um e outro lugar e com amigos, enquanto pela hora, eu estava no banho, me preparando pra dormir.
Minha irmã era uma monstra. O tempo todo tentando ficar com meu namorado, me jogando para outro. E então Dave só queria fazer sexo comigo e mais nada? E todas aquelas coisas que ele me disse?

Enquanto meu mundo caia e tudo girava, Amanda saiu do banho e correu desesperada para onde eu estava. Ela percebeu que eu tinha lido uma boa parte de suas traições.

- Eu posso explicar.
-Você acabou comigo. Você acabou comigo. - eu gritava. Acertei um tapa em seu rosto. A marca ficara bem visível. E nem usara toda a força que minha raiva sempre despertava. Quando fui dar-lhe outro tapa, ela revidou.

- Eu tentei te ajudar a ficar com o cara que você amava.
- Bruno é o cara que eu amava.
- Ah, então consegui? Você ama o David agora!
Avancei outra vez, mas ela recuou. Estava irritada e nem sabia ao certo o por quê. Precisava ver Bruno e explicar o que tinha acontecido.
- Vocês dois se merecem. Me fizeram ficar mal com o Bruno. Estou com nojo dos dois.
Peguei minha bolsa e sai. Pude ouvir quando ela gritou: Tudo que o Dave disse é verdade.
Se é verdade, como ela sabe? Com certeza ela mandou ele dizer, pra ficar realista.

Meu Deus, como eu ia desfazer essa coisa toda? A minha vida seria toda de chorar por coisas que fazem comigo? Essa era meu defeito, ser frágil?
Não consegui ligar para Bruno, decidi ir até seu local de trabalho.
Quando cheguei, fui recebida por Conceição, a recepcionista. Mulher simpática e conhecida minha. Espantou-se quando em viu.
- O que faz aqui Fernanda?
- Vim ver o Bruno, ele está?
- Estranho, ele saiu dizendo que ia encontrar com a namorada. Que qualquer coisa deixasse recado.
Ser frágil nunca mais. Uma vozinha falou em minha cabeça quando eu quase chorei.
- Obrigada, deixe um recado meu. Diga pra ele mandar lembranças minhas pra mãe dele. Diga que sentirei muita saudade dela. Diga que viajei.
- Vai pra onde? - ela perguntou interessada.
- Isso não importa agora, só decidi pegar férias.
- Tá, direi a ele.

Amandinha iria adorar saber que o cara que ela ama está com namorada nova. Nem eu nem ela. Isso não é demais?
Bom, agora só precisava dar uns tapas em Dave também, mas não no momento, não estava afim de falar com ninguém. Precisava de um tempo pra pensar.
Peguei o metrô e fui para o meu trabalho. Iria acertar uns 15 de férias.
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Depois da discussão que tive ontem com Dave, é capaz que ele não queira mais me ver, a não ser que... não, é claro que tudo aquilo era mentira. Se bem que homem é difícil chorar, e ele chorou dizendo que me amava. Tudo tá me deixando muito confusa, principalmente minha menstruação que não desce há 6 dias.

Estava deitada em minha cama, relaxando um pouco enquanto a carne estava no fogo. Alguém começou a bater na porta, quase desesperadamente, sem dar uns segundos para o próximo toque a porta. Fui ver quem era.
- Dona Maria? - era a mãe de Bruno. Ela entrou chorando e me dando um abraço. Quase caímos em cima do fogão que estava próximo. - O que aconteceu? Por que está assim?
- Ai Fernanda, o Bruno foi assaltado ontem a noite e foi baleado. - ela tremia enquanto falava. Lhe dei um copo de água para que se acalmasse. - eu estava preocupada pois ele nem tinha voltado. Me ligaram do Hospital.
- Meu Deus, mas que horas foi?
- Não sei, não sei. Ele está no Hospital, não pode ir comigo? Por favor.
Não consegui dizer não pra aquela senhora que era quase minha mãe. Estava aflita e muito triste. Mas na hora que eu ia saindo, minha pressão baixou e eu quase caí no chão se Dona Maria não estivesse segurando meu pulso.
- Fernanda? O que houve? - perguntou preocupada.
- Nada. - respondi - Deve ser o calor que está aqui dentro. Quando faço alguma coisa em panela de pressão, as vezes minha pressão baixa.
- A minha também. Está melhor?
- Estou, vamos.

No hospital, foi dificil ver Bruno deitado ali, desacordado. Não aguentei, comeceia chorar ao lado dele. Fiz um carinho no rosto e ele se mexeu, e aos poucos acordou. Foi retomando os sentidos.
Pouco a pouco, lhe contaram o que houve e porque estava ali. Depois que a enfermeira que viera saber se ele acordara saiu e sua mãe estava no banheiro. ele falou comigo.
- Me desculpa Fernanda. Me desculpa por tudo.
- O quê? Se desculpar pelo o quê? Não fez nada, olha, eu que...
- Não, nada do que sua irmã disse ou fez teve efeito. Desde que ela me disse que gostava de mim, eu inventei umas coisas também e ela parou de se meter entre nós. Mas já era tarde. Eu descobri uma coisa, e por isso, fiquei com nojo de mim, e quis ficar longe de ti. Eu preciso te falar, mas não quero que sinta muito nojo ou raiva de mim, eu não sabia. Eu tenho... AIDS.

Será que eu tinha também? Por isso que eu vinho sentindo coisas estranhas nos ulimos dias?

- Eu estava com suspeitas e fiz o exame de sangue. Deu positivo - ele parecia que cuspia as palavras. Dá dó ver uma pessoa com nojo de si. - e agora, nos exames que fizeram, acusou de novo. Eu quero que você verifique se está infectada. Mas uma coisa eu tenho certeza, caso não tenha pegado nada, quero que fique bem longe de mim. Não quero que fique infectada com esse vírus maldito.
- E se... caso eu tiver?
- Bom, só você poderá decidir se quer viver e morrer no vírus comigo. Ou não sei... nem sei como será minha vida a partir de agora.
A dor de Bruno se tornara também a minha dor. E se eu estava infectada e passei esse vírus para Dave também? Eu não ia suportar uma coisa dessas. Uma culpa... que com a qual não conseguiria conviver.

- Farei os exames. - prometi a Bruno.

Durante a semana, fiz os exames, ajudei Bruno a se recuperar, perdoei a minha irmã, e voltei com Dave, quero dizer, começamos a namorar. Ele estava tão feliz. Quando ele me abraçava, e também me beijava, eu sentia que todas as palavras que foram ditas naquela noite eram verdadeiras.
Eu era muito feliz quando todos a minha volta eram felizes. Descobri que a mentira que Bruno inventara para a minha irmã, era que ele disse ser gay e estava comigo para se mostrar hétero. Mas ele mesmo desmentiu pra ela e lhe deu uma chance, quando viu que eu estava com outro.
Tudo ia bem.
Hoje peguei o resultado dos exames e quando li, quase pulei de alegria. Como se um peso saísse das minhas costas. Não estava com HIV nem nada do tipo, mas ao contrário, em vez da morte, eu traria uma vida. Estava grávida.
Quase que saí correndo do consultório para contar a Dave. Faria-lhe uma surpresa.
Fui até o prédio onde ele trabalhava. Pedi para liberarem minha entrada sem precisar interfonar nem nada. Subi, quando saí do elevador, naquele enorme corredor, onde as salas ficavam no próximo, eu os vi. Uma menina - ou mulher - muito mais linda que eu, com roupa típica de escritório, cabelo solto, não muito longo. Estava com os braços envolvidos em seu pescoço e ele quase caindo pra frente pois ela não era tão alta, mesmo com aquele salto de bico fino que eu não usaria por medo de cair. Ele me viu e ficou muito assustado. A moça também. Eu simplesmente rasguei o papel e disse: ACABOU!
Entrei no elevador novamente antes que fechasse.

O que não fazer depois da chuva:

ANDAR DE BICICLETA.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Evitar o drama não é sinônimo de evitar sofrimento.

Se é pra viver, vamos viver direito. Com conteúdo. Troque o verbo, mude a frase, inverta a culpa. O sujeito da oração é você. A história é sua, mãos a obra! Melhore aquele capítulo, jogue fora o que não cabe mais, embole a tristeza, o medo, aceite seus erros, reescreva-se. Republique-se. Reinvente-se. E transforme-se na melhor edição feita de você.
(Por Kethllen Carvalho)