sexta-feira, 16 de abril de 2010

Quando a gente gosta, é claro que a gente cuida

Eles têm que conciliar a tarefa de cuidar dos pais idosos e trabalhar, mas fazem isso em segredo e muitas vezes sem a ajuda de irmãos. Jorge Felix falou hoje em sua coluna Economia da Longevidade sobre os cuidadores secretos.

Uma pesquisa da revista AARP, a Associação dos Aposentados dos Estados Unidos e da National Aliance For Caregiving mostra que os homens têm certa vergonha de serem cuidadores, pois há o estereótipo de que é um trabalho feminino. Entre os 65 milhões de cuidadores nos Estados Unidos, boa parte é o filho único. Os idosos correspondem a 18% da população norte-americana.

A escritora de livros sobre longevidade, Gail Sheehy, afirma que eles mantêm segredo no ambiente de trabalho, porque cuidar de idosos pode ser interpretado como falta de tempo para a empresa. Além do mais, os homens acreditam que não se trata de uma tarefa viril.

Sheehy conta o caso do CEO da Motion Pictures Television Foundation, Ken Scherer, que é responsável por 60 mil membros da indústria de entretenimento na velhice, mas se atrapalhou quando teve que cuidar da própria mãe. Ambos caíram em depressão e ela acabou morrendo. Depois disso, ele implementou um sistema preventivo de auxílio aos funcionários que identifica quando eles precisam da ajuda de terceiros, como asilo ou um cuidador profissional para cuidarem dos pais, pois não dá para parar de trabalhar.

Jorge Feliz citou também o filme italiano “Almoço em Agosto”, de Gianne di Gregorio,que conta a história de Giovanni, um homem na faixa de 50 anos que cuida da mãe de 80 anos. Ele tem por ela muito carinho e se dedica bastante, mas não tem condições financeiras para mantê-la. Giovanni não trabalha e abdicou de tudo para cuidar dela. Nesta jornada dupla, amor e dinheiro mais uma vez se cruzam.


Fonte: http://elaselucros.blog.uol.com.br/



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