É com essa premissa que o pai do horror moderno, Stephen King, dá início à sua terceira obra literária, lançada em 1977. Quando King lançou "O Iluminado", já era um escritor reconhecido. Suas duas obras anteriores, "Carrie - A Estranha" (1974) e "A Hora do Vampiro" (1975), haviam conquistado crítica e público, fazendo com que King começasse a trilhar o caminho dos grandes autores. Também, pudera: King sempre segue uma linha narrativa perturbadora, que faz com que o leitor não queira largar o livro até chegar ao seu desfecho.

E todo esse universo macabro existente nos corredores no Overlook foi levado aos cinemas três anos após o lançamento do livro, em 1980, pelas mãos do experiente e elogiado Stanley Kubrick (de "Laranja Mecânica"). Kubrick incorporou o estilo King de ser, e levou para as telas um hotel tal qual o autor descreve em sua obra. Os personagens, por sua vez, não poderiam estar melhores. O fenomenal Jack Nicholson vive Jack Torrance, numa interpretação que, talvez, nem mesmo o próprio King esperasse para seu personagem. Danny Lloyd, que interpreta Danny Torrance, segue o mesmo caminho.
O clima tenso do livro é elevado à décima potência no filme. Logo na primeira cena, enquanto o Fusca da família Torrance sobe a montanha em direção ao impiedoso Overlook, uma trilha sonora dramática envolve o espectador, e já o prepara para o que vem em seguida, no decorrer do longa. Ou então, na clássica cena de Danny com seu triciclo percorrendo os corredores medonhos do local, mostra toda a névoa de solidão na qual os personagens estão inseridos.

Tanto no papel, quanto na tela da tv, "O Iluminado" é uma obra de horror das mais clássicas e perturbadoras já vistas. A riqueza de detalhes do livro de Stephen King e o tom macabro no qual todo o filme foi rodado por Stanley Kubrick garantem aos fãs do gênero muitos sustos e, quem sabe, alguns pesadelos durante noites mal dormidas.
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